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{"id":9599,"date":"2022-10-26T00:00:46","date_gmt":"2022-10-26T03:00:46","guid":{"rendered":"https:\/\/innertreeidiomas.com\/?p=9599"},"modified":"2022-08-14T21:38:56","modified_gmt":"2022-08-15T00:38:56","slug":"dativ-oder-akkusativ-eles-sao-mesmo-os-objetos-direto-e-indireto-do-portugues","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/innertreeidiomas.com\/dativ-oder-akkusativ-eles-sao-mesmo-os-objetos-direto-e-indireto-do-portugues\/","title":{"rendered":"Dativ oder Akkusativ? Eles s\u00e3o mesmo os objetos direto e indireto do portugu\u00eas?"},"content":{"rendered":"

\"Dativ-oder-Akkusativ-Eles-sao-mesmo-os-objetos-direto-e-indireto-do-portugues\"<\/p>\n

<\/h2>\n

Introdu\u00e7\u00e3o<\/b><\/span><\/h2>\n

 <\/p>\n

A escolha do Dativ ou do Akkusativ gera muita d\u00favida em falantes de l\u00ednguas como o portugu\u00eas e espanhol. Este tema tem causado dificuldades mesmo em alunos que j\u00e1 estudaram alem\u00e3o por anos. Ap\u00f3s anos de estudo e aprendizado de vocabul\u00e1rio, muitos continuam a ter d\u00favidas sobre como usar essas declina\u00e7\u00f5es ou mesmo o que s\u00e3o declina\u00e7\u00f5es e para que elas servem. Este \u00faltimo cen\u00e1rio ainda n\u00e3o \u00e9 o pior cen\u00e1rio: muitos abandonam completamente e decidem que podem falar alem\u00e3o sem declina\u00e7\u00f5es, algo como \u201cjogar a toalha\u201d e \u201cchutar o pau da barraca\u201d ao mesmo tempo.<\/span><\/p>\n

Infelizmente, a tem\u00e1tica das declina\u00e7\u00f5es em alem\u00e3o \u00e9 muito mal ensinada e estudada, o que termina por gerar d\u00favidas e produzir estes efeitos em quem est\u00e1 aprendendo alem\u00e3o. Muitos s\u00e3o ensinados, por exemplo, que o Dativ seria como nosso objeto indireto do portugu\u00eas e o Akkusativ seria como nosso objeto direto. Este \u00e9 um erro pedag\u00f3gico grave por pelo menos dois motivos.\u00a0<\/span><\/p>\n

O primeiro motivo \u00e9 que esta compara\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel: o alem\u00e3o tem tr\u00eas tipos de objeto (quatro tipos se incluirmos o Genitivobjekt, s\u00f3 usado agora na alta literatura), enquanto o portugu\u00eas tem apenas dois tipos de objeto. O alem\u00e3o tem o Dativobjekt, o Akkusativobjekt e o Pr\u00e4positionalobjekt. O portugu\u00eas tem o objeto indireto e o objeto direto. N\u00e3o h\u00e1 como fazermos esta compara\u00e7\u00e3o entre o alem\u00e3o e o portugu\u00eas s\u00f3 por este fato n\u00famerico.<\/span><\/p>\n

O segundo motivo \u00e9 que esta compara\u00e7\u00e3o passa a mensagem para quem est\u00e1 estudando que \u00e9 poss\u00edvel fazer uma compara\u00e7\u00e3o direta entre l\u00ednguas que t\u00eam um sistema de declina\u00e7\u00f5es e l\u00ednguas que n\u00e3o t\u00eam, sem a necessidade de entendermos a l\u00f3gica por tr\u00e1s de um sistema de declina\u00e7\u00e3o. Infelizmente, isto tamb\u00e9m n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel e s\u00f3 leva ao erro e confus\u00e3o no m\u00e9dio e longo prazos.<\/span><\/p>\n

Se quisermos estudar o alem\u00e3o, que \u00e9 uma l\u00edngua declinada, precisamos entender o que \u00e9 uma declina\u00e7\u00e3o e para que ela serve. Esta deve ser a pergunta prim\u00e1ria. Temos que entender a l\u00f3gica geral da declina\u00e7\u00e3o, para depois entrarmos no alem\u00e3o e introduzirmos esta l\u00edngua declinada em nossos c\u00e9rebros, que agora j\u00e1 entende a l\u00f3gica por tr\u00e1s de um sistema de declina\u00e7\u00e3o e qual sua utilidade na comunica\u00e7\u00e3o. Ao termos este entendimento pr\u00e9vio, o alem\u00e3o ser\u00e1 muito mais facilmente digerido, digamos assim.<\/span><\/p>\n

J\u00e1 afirmo de antem\u00e3o que n\u00e3o ser\u00e1 uma tarefa f\u00e1cil interiorizar as regras de quando usar um dativo e de quanto usar um acusativo, pelo simples fato de antes termos que entender para que utilizamos declina\u00e7\u00f5es. De uma maneira geral, um sistema de declina\u00e7\u00f5es causar\u00e1 dificuldades para um falante nativo de uma l\u00edngua que n\u00e3o tem um sistema an\u00e1logo. O portugu\u00eas n\u00e3o tem declina\u00e7\u00e3o, apenas resqu\u00edcios de um sistema antigo proveniente do latim, mas o alem\u00e3o tem um sistema de declina\u00e7\u00f5es at\u00e9 hoje, e isso nos causar\u00e1 dificuldades.<\/span><\/p>\n

Antes de entrarmos propriamente no alem\u00e3o, antes de tentarmos entender quando devemos usar um Dativ ou um Akkusativ, devemos tentar \u201cpegar o esp\u00edrito da coisa\u201d, precisamos entender o que \u00e9 um sistema de declina\u00e7\u00e3o e para que ele serve. H\u00e1 diversas l\u00ednguas com um sistema robusto de declina\u00e7\u00e3o, como o alem\u00e3o, o russo, o h\u00fangaro, o finland\u00eas, o island\u00eas, latim cl\u00e1ssico, grego cl\u00e1ssico, s\u00e2nscrito, etc. A pr\u00f3pria l\u00edngua proto-indo-europeia, a l\u00edngua ancestral hipot\u00e9tica da grande maioria das l\u00ednguas europeias, era uma l\u00edngua com um sistema de declina\u00e7\u00e3o. O portugu\u00eas tem resqu\u00edcios de declina\u00e7\u00e3o, com forte tend\u00eancia de perd\u00ea-la ao longo do tempo, mostrando que nossa l\u00edngua \u00e9 proveniente de uma l\u00edngua com declina\u00e7\u00f5es.<\/span><\/p>\n

Para exemplificar o que \u00e9 uma declina\u00e7\u00e3o, vamos analisar alguns exemplos do portugu\u00eas mesmo. Vejamos estas frases:<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Eu<\/b> vi seu pai ontem no shopping<\/span><\/span><\/p>\n

Seu pai <\/span>me <\/b>viu ontem no shopping<\/span><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Ele n\u00e3o gosta de <\/span>mim<\/b><\/span><\/p>\n

Ele <\/b>quer viajar para a Alemanha s\u00f3 no pr\u00f3ximo ano<\/span><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Eu vi <\/span>ele <\/b>no parque ontem \/ Eu <\/span>o <\/b>vi no parque ontem<\/span><\/span><\/p>\n

Todos est\u00e3o falando sobre <\/span>ele<\/b><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Todos <\/span>n\u00f3s <\/b>queremos modernizar o Brasil<\/span><\/span><\/p>\n

Eles <\/span>nos <\/b>enviaram uma proposta razo\u00e1vel<\/span><\/span><\/p>\n

Eles n\u00e3o gostam de <\/span>n\u00f3s<\/b><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

No primeiro trio de exemplos, podemos observar as diferentes formas para a primeira pessoa do singular. Quando o pronome de primeira pessoa do singular \u00e9 o sujeito da ora\u00e7\u00e3o, usamos a forma \u201c<\/span>eu<\/b>\u201d. Quando ele se torna objeto direto, passamos a usar a forma \u201c<\/span>me<\/b>\u201d. Se ele for um objeto precedido de preposi\u00e7\u00e3o, usamos a for<\/span>ma \u201c<\/span>mim<\/b>\u201d. Essas seriam as declina\u00e7\u00f5es desse pronome pessoal, heran\u00e7a das formas \u201cego\u201d, \u201cm\u0113\u201d e \u201cmihi\u201d do latim cl\u00e1ssico, que seriam o nominativo, o acusativo e o dativo. No latim, ainda ter\u00edamos as formas \u201cme\u012b\u201d e \u201cm\u0113\u201d, que seriam o genitivo e o ablativo.\u00a0<\/span><\/span><\/p>\n

No segundo trio de exemplos, podemos observar a tend\u00eancia de queda desse sistema de declina\u00e7\u00e3o em outros pronomes, como o de terceira pessoa do singular. J\u00e1 n\u00e3o falamos mais \u201ceu o vi\u201d, sendo a forma \u201ceu vi ele\u201d muito mais corriqueira e comum. Ou seja, as declina\u00e7\u00f5es de \u201cele\u201d e \u201cela\u201d, que seriam as formas \u201co\u201d, \u201ca\u201d e \u201clhe\u201d n\u00e3o est\u00e3o sendo usadas com vigor pelos falantes. Talvez nos pr\u00f3ximos <\/span>s\u00e9culos, o portugu\u00eas venha a se tornar uma l\u00edngua completamente sem declina\u00e7\u00f5es, uma l\u00edngua puramente anal\u00edtica, em que s\u00f3 a posi\u00e7\u00e3o do elemento dir\u00e1 se este elemento \u00e9 sujeito ou se \u00e9 objeto.<\/span><\/span><\/p>\n

Tamb\u00e9m podemos observar que, embora tenhamos uma forma para sujeito e duas formas para objeto no caso do pronome pessoal de primeira pessoa, n\u00e3o temos essa mesma estrutura para outros potenciais sujeitos e objetos em uma ora\u00e7\u00e3o. O que h\u00e1 no portugu\u00eas s\u00e3o resqu\u00edcios de declina\u00e7\u00e3o, resqu\u00edcios que afetam apenas alguns dos pronomes pessoais, mas n\u00e3o todos os substantivos, adjetivos, artigos, etc. Ou seja, n\u00e3o temos um sistema de declina\u00e7\u00f5es de fato, o que temos s\u00e3o apenas resqu\u00edcios. Por exemplo, vejamos as seguintes frases:<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

O pai<\/b> ajudou <\/span>o filho<\/b><\/span><\/span><\/p>\n

O filho<\/b><\/span> ajudou <\/span>o pai<\/b><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Meu vizinho<\/b> viu <\/span>meu pai<\/b><\/span> ontem na rua<\/span><\/span><\/p>\n

Meu pai<\/b><\/span> viu <\/span>meu vizinho<\/b> ontem na rua<\/span><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Quando observamos os exemplos acima, conclu\u00edmos que o portugu\u00eas n\u00e3o difere na forma dos substantivos ou dos artigos ou dos possessivos, para mostrar que tal elemento \u00e9 sujeito e tal elemento \u00e9 objeto. No primeiro par de frases, usamos a mesma forma \u201co pai\u201d tanto quando este elemento \u00e9 o sujeito quanto quando ele \u00e9 o objeto da ora\u00e7\u00e3o. No segundo par de frases, a mesma situa\u00e7\u00e3o: a forma \u201cmeu vizinho\u201d \u00e9 a mesma quando ele \u00e9 sujeito ou objeto. S\u00f3 a posi\u00e7\u00e3o que muda. Quando sujeito, colocamos antes do verbo. Quando objeto, colocamos depois do verbo. O portugu\u00eas fixa a ordem Sujeito+Verbo+Objeto por falta de um sistema robusto de declina\u00e7\u00e3o. Se houvesse uma forma espec\u00edfica para cada situa\u00e7\u00e3o, poder\u00edamos ter mais liberdade na posi\u00e7\u00e3o das palavras. Vejamos como seria o primeiro par de frases em uma l\u00edngua como o latim cl\u00e1ssico:<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Pater <\/b>filium<\/span> <\/b>juvat<\/span><\/span><\/p>\n

Patrem <\/b>filius<\/span> <\/b>juvat\u00a0\u00a0\u00a0<\/span><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

No latim, quando \u201cpai\u201d est\u00e1 exercendo a fun\u00e7\u00e3o de sujeito, ele fica declinado no nominativo, cuja forma \u00e9 \u201cpater\u201d. Se for objeto acusativo, passa a ser usada a forma \u201cpatrem\u201d. Analogamente, quando \u201cfilho\u201d \u00e9 o sujeito, usamos a forma nominativa \u201cfilius\u201d. Se for um objeto acusativo, passamos a usar a forma \u201cfilium\u201d. Ou seja, o latim tem um sistema de declina\u00e7\u00f5es que obriga o falante a usar formas distintas dos substantivos, possessivos, demonstrativos, adjetivos e pronomes, a depender da fun\u00e7\u00e3o sint\u00e1tica do elemento, se \u00e9 um sujeito ou se \u00e9 um objeto. Sendo objeto, \u00e9 importante analisar qual tipo de objeto se trata. H\u00e1 tamb\u00e9m declina\u00e7\u00f5es que informam outras rela\u00e7\u00f5es gramaticais, como o Genitiv que \u00e9 usado para informar quem \u00e9 o possuidor em uma rela\u00e7\u00e3o de posse-possuidor. Vejamos os mesmos exemplos dados em latim em uma l\u00edngua como o alem\u00e3o:<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Der Vater<\/b> hilft <\/span>dem Sohn<\/b><\/span><\/span><\/p>\n

Der Sohn<\/b><\/span> hilft <\/span>dem Vater<\/b><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Podemos observar que, nestes exemplos, o alem\u00e3o s\u00f3 modifica o artigo para transmitir a informa\u00e7\u00e3o de que se trata de um sujeito ou se trata de um objeto, enquanto o latim declinava o substantivo de fato. Quando sujeito, o substantivo masculino singular \u201cVater\u201d \u00e9 precedido pela forma \u201cder\u201d. Quando objeto, neste caso um objeto dativo, passamos a usar a forma \u201cdem\u201d. Se estivesse sendo utilizado como um objeto acusativo, usar\u00edamos a forma \u201cden\u201d. N\u00e3o declinamos os substantivos \u201cVater\u201d e \u201cSohn\u201d no acusativo ou no dativo, declinamos apenas o que acompanha estes substantivos, seja um artigo, um possessivo, um demonstrativo, e por a\u00ed vai. H\u00e1 substantivos em alem\u00e3o que ainda declinam no acusativo e no dativo singular (como os substantivos da N-Deklination ou os substantivos provenientes de adjetivos). Em algumas declina\u00e7\u00f5es, exige-se uma declina\u00e7\u00e3o do substantivo tamb\u00e9m, como no Dativ Plural, em que acrescentamos um \u201c_n\u201d ao final do substantivo que est\u00e1 no dativo plural, ou no Genitiv Singular dos substantivos masculinos e neutros, em que acrescentamos um \u201c_(e)s\u201d ao final do substantivo que est\u00e1 no genitivo. Vejamos mais alguns exemplos:\u00a0\u00a0<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Mein Nachbar<\/b> hat gestern <\/span>meinen Vater<\/b><\/span> auf der Stra\u00dfe gesehen.<\/span><\/span><\/p>\n

Mein Vater<\/b><\/span> hat gestern <\/span>meinen Nachbarn<\/b> auf der Stra\u00dfe gesehen.<\/span><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Er hat <\/span>den Kindern<\/b> geholfen.<\/span><\/span><\/p>\n

In <\/span>diesen Autos<\/b> sitzen wir bequem.<\/span><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Das Vater <\/span>meines Vaters<\/b> ist mein Gro\u00dfvater.<\/span><\/span><\/p>\n

Die Stra\u00dfen <\/span>dieser Stadt<\/b> ist dunkel.<\/span><\/span><\/p>\n

\u00a0<\/span><\/p>\n

No primeiro par de exemplos, podemos observar que \u201cmein\u201d \u00e9 usado quando estamos diante de um sujeito e \u201cmeinen\u201d \u00e9 usado com um objeto acusativo. Tamb\u00e9m podemos observar que o substantivo \u201cVater\u201d n\u00e3o declina no acusativo, mas o substantivo \u201cNachbar\u201d tem uma forma acusativa, j\u00e1 que se trata de um substantivo da N-Deklination.\u00a0<\/span><\/p>\n

No segundo par de exemplos, podemos observar \u201cden Kindern\u201d recebendo um \u201c_n\u201d ao final por estar no dativo plural. Este \u201c_n\u201d n\u00e3o deve ser acrescentado em substantivos cujo plural seja com \u201c_s\u201d como \u201cAutos\u201d, \u201cKinos\u201d, etc. S\u00e3o poucas palavras em alem\u00e3o que recebem um plural com \u201c_s\u201d.<\/span><\/p>\n

No terceiro par de exemplos, podemos observar o genitivo masculino singular \u201cmeines Vaters\u201d, com o acr\u00e9scimo do \u201c_s\u201d ao final do substantivo \u201cVater\u201d e o genitivo feminino singular \u201cdieser Stadt\u201d sem o \u201c_s\u201d ao final de \u201cStadt\u201d, j\u00e1 que esta \u00e9 uma palavra feminina.<\/span><\/p>\n

Agora que j\u00e1 analisamos alguns exemplos de frases com declina\u00e7\u00f5es, incluindo senten\u00e7as em portugu\u00eas, estamos prontos para responder \u00e0 seguinte pergunta: qual \u00e9 o esp\u00edrito da declina\u00e7\u00e3o? De uma forma geral, o esp\u00edrito da declina\u00e7\u00e3o \u00e9 usar a morfologia nominal, ou seja, formas nominais espec\u00edficas para informar o interlocutor sobre quem \u00e9 o sujeito e quem \u00e9 o objeto da ora\u00e7\u00e3o, ou seja, quem praticou a a\u00e7\u00e3o e quem sofreu a a\u00e7\u00e3o. Tamb\u00e9m podemos usar este sistema para informar rela\u00e7\u00f5es entre nomes, como a rela\u00e7\u00e3o de posse-possuidor. Em l\u00ednguas como o portugu\u00eas, a informa\u00e7\u00e3o sobre quem praticou e quem recebeu a a\u00e7\u00e3o est\u00e1 na ordem dos elementos da ora\u00e7\u00e3o. Fixamos uma ordem Sujeito+Verbo+Objeto e com essa fixa\u00e7\u00e3o conseguimos transmitir a informa\u00e7\u00e3o de quem \u00e9 sujeito e de quem \u00e9 objeto sem a necessidade de formas distintas nos substantivos, artigos, possessivos, demonstrativos, etc. Para as rela\u00e7\u00f5es de posse-possuidor, usamos a preposi\u00e7\u00e3o \u201cde\u201d, como em senten\u00e7as do tipo \u201co carro <\/span>de <\/b>meu vizinho quebrou\u201d.<\/span><\/span><\/p>\n

Por outro lado, em l\u00ednguas declinadas como o alem\u00e3o, a informa\u00e7\u00e3o de se um elemento faz ou recebe a a\u00e7\u00e3o est\u00e1 na morfologia dos artigos, dos possessivos, dos demonstrativos, etc. e eventualmente tamb\u00e9m na morfologia dos substantivos. Essa riqueza morfol\u00f3gica do alem\u00e3o nos d\u00e1 a liberdade de colocar o sujeito antes ou depois do verbo, pois a informa\u00e7\u00e3o de que o elemento \u00e9 sujeito n\u00e3o est\u00e1 na ordem dos elementos na ora\u00e7\u00e3o, mas sim na pr\u00f3pria forma dos artigos, possessivos, demonstrativos, etc. e eventualmente dos substantivos. Vejamos estas senten\u00e7as:<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Der Vater<\/b> hilft <\/span>dem Sohn.<\/b><\/span><\/p>\n

Dem Sohn<\/b> hilft <\/span>der Vater.<\/b><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

As duas frases acima s\u00e3o traduzidas para o portugu\u00eas por \u201co pai ajuda o filho\u201d. Temos a liberdade de colocar \u201cder Vater\u201d tanto antes quanto depois do verbo porque a posi\u00e7\u00e3o \u00e9 irrelevante para transmitir essa informa\u00e7\u00e3o, que \u00e9 transmitida pelo pr\u00f3prio uso do artigo \u201cder\u201d. S\u00f3 usamos \u201cder\u201d diante de substantivos masculinos singular que estejam exercendo a fun\u00e7\u00e3o de sujeito, portanto podemos colocar o substantivo precedido por \u201cder\u201d tanto antes quanto depois do verbo que o interlocutor ir\u00e1 entender quem praticou \u00e9 quem sofreu a a\u00e7\u00e3o.<\/span><\/p>\n

Agora que estamos familiarizados com o esp\u00edrito da declina\u00e7\u00e3o, agora que j\u00e1 sabemos o que \u00e9 uma declina\u00e7\u00e3o e qual a estrat\u00e9gia utilizada pelas l\u00ednguas que adotam esse sistema para informar quem praticou e quem sofreu a a\u00e7\u00e3o, vamos \u00e0 quest\u00e3o principal deste artigo: quando usar o Dativ e quando usar o Akkusativ?<\/span><\/p>\n

Primeiramente, precisamos entender quais s\u00e3o elementos da ora\u00e7\u00e3o que requerem declina\u00e7\u00e3o: todos os verbos; todas as preposi\u00e7\u00f5es; alguns adjetivos; e alguns substantivos. Para cada um desses elementos, precisamos memorizar e aplicar regras espec\u00edficas. O principal problema ocorre quando n\u00e3o entendemos que existem os elementos que exigem e os elementos que recebem a declina\u00e7\u00e3o. Outro problema \u00e9 imaginar que existem regras que sejam aplic\u00e1veis a todos eles. Por \u00faltimo, outro grande problema, talvez o maior de todos, \u00e9 fazer compara\u00e7\u00f5es com o portugu\u00eas do tipo o dativo sendo um objeto indireto e o acusativo sendo o objeto direto das l\u00ednguas que n\u00e3o t\u00eam um sistema de declina\u00e7\u00e3o.<\/span><\/p>\n

Como explicamos no in\u00edcio, a compara\u00e7\u00e3o entre dativo\/acusativo e objeto indireto\/direto n\u00e3o se aplica pelo simples fato de o alem\u00e3o tamb\u00e9m ter seus objetos indiretos, que as gram\u00e1ticas de alem\u00e3o chamam de objetos preposicionados, por serem precedidos por preposi\u00e7\u00e3o, an\u00e1logos aos nossos objetos indiretos. O alem\u00e3o tem 3, talvez 4, tipos de objetos: objeto acusativo; objeto dativo; objeto preposicionado; objeto genitivo (este \u00faltimo usado apenas na literatura formal). N\u00e3o temos como fazer uma compara\u00e7\u00e3o biun\u00edvoca entre o alem\u00e3o e o portugu\u00eas pelo simples fato de haver 3 objetos por l\u00e1, enquanto temos apenas 2 em portugu\u00eas.<\/span><\/p>\n

Portanto, o aluno e o professor de alem\u00e3o precisam focar seus esfor\u00e7os em identificar (e depois automatizar) os elementos que pedem declina\u00e7\u00e3o e aplicar as regras adequadas para mudar a morfologia dos elementos que recebem a declina\u00e7\u00e3o. Quais elementos exigem declina\u00e7\u00e3o? Esta deve ser a primeira pergunta. Quais elementos recebem declina\u00e7\u00e3o? Esta deve ser a segunda pergunta. Por \u00faltimo, basta aplicar as regras adequadas.<\/span><\/p>\n

Quais elementos exigem declina\u00e7\u00e3o? Verbos; preposi\u00e7\u00f5es; alguns substantivos; alguns adjetivos. Quais elementos recebem declina\u00e7\u00e3o? Artigos, possessivos, demonstrativos, adjetivos (quando est\u00e3o ao lado do substantivo), alguns substantivos (resqu\u00edcios de uma \u00e9poca em que o alem\u00e3o declinava tamb\u00e9m os substantivos); pronomes pessoais; pronomes relativos; pronomes objeto (welch_; ein_; kein_); pronomes interrogativos (com exce\u00e7\u00e3o de wo, wohin e woher).<\/span><\/p>\n

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1. Declina\u00e7\u00f5es requeridas por verbos<\/b><\/span><\/h2>\n

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As regras que se aplicam para declina\u00e7\u00e3o ap\u00f3s preposi\u00e7\u00f5es s\u00e3o distintas das regras que se aplicam para declina\u00e7\u00e3o exigida por verbos. N\u00e3o podemos misturar as regras, sob o risco de criarmos regras que n\u00e3o existem e que n\u00e3o se aplicam \u00e0 l\u00edngua naquela situa\u00e7\u00e3o espec\u00edfica. Seria muito bom se houvesse regras que se aplicassem a todos os elementos que exigem declina\u00e7\u00e3o, mas infelizmente isso n\u00e3o ocorre, da\u00ed a import\u00e2ncia de identificarmos em separado quais elementos exigem declina\u00e7\u00e3o e as regras relacionadas a cada um desses elementos.\u00a0<\/span><\/p>\n

Vamos falar primeiramente dos verbos. Os verbos exigem que seu sujeito esteja no Nominativ. O agente, o autor da a\u00e7\u00e3o, de um verbo que est\u00e1 na voz ativa, ou seja, nosso sujeito t\u00edpico deve estar declinado no Nominativ. Para os verbos que s\u00e3o transitivos, ou seja, para os verbos que exigem um complemento, um objeto da a\u00e7\u00e3o, temos que observar qual tipo de objeto ele exige. Como saber se um verbo exige um Dativobjekt, um Akkusativobjekt ou um Pr\u00e4positionalobjekt? Tem como fazer compara\u00e7\u00f5es com o portugu\u00eas? Como vimos, n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel, at\u00e9 mesmo por uma quest\u00e3o num\u00e9rica, mas podemos memorizar e interiorizar regras que sugerem quando um verbo exige um Dativ, um Akkusativ ou um \u201cobjeto preposicionado\u201d. Essas regras s\u00e3o sem\u00e2nticas e morfol\u00f3gicas.<\/span><\/p>\n

Pelas regras sem\u00e2nticas, quando um verbo indicar doa\u00e7\u00e3o, benef\u00edcio, preju\u00edzo, amabilidade, hostilidade, comunica\u00e7\u00e3o, aproxima\u00e7\u00e3o, distanciamento, entre outros campos sem\u00e2nticos, este verbo pedir\u00e1 um Dativ. Quando um verbo indica uma a\u00e7\u00e3o do tipo \u201cfazer\u201d, como cozinhar, assar, comer, etc., ou um verbo factitivo como matar, derrubar, afundar, colocar, etc., este verbo exigir\u00e1 um Akkusativ.\u00a0<\/span><\/p>\n

Pelas regras morfol\u00f3gicas, quando um verbo tiver os prefixos insepar\u00e1veis be-, er-, ver-, zer-, durch-, hinter-, \u00fcber-, unter-, um-, este verbo exigir\u00e1 um Akkusativ, mesmo quando as regras sem\u00e2nticas indicariam um Dativ, ou seja, as regras morfol\u00f3gicas s\u00e3o superiores hierarquicamente e a elas devemos dar prefer\u00eancia em caso de conflitos entre regras morfol\u00f3gicas e regras sem\u00e2nticas. Por exemplo, o verbo \u201cantworten\u201d exige um Dativ de comunica\u00e7\u00e3o quando estamos falando de \u201cresponder algu\u00e9m\u201d, mas o verbo \u201cbeantworten\u201d exige um Akkusativ, mesmo que semanticamente seja um verbo de comunica\u00e7\u00e3o. Vejamos alguns exemplos:<\/span><\/p>\n

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Ich helfe <\/span>meinem Vater<\/b> (Dativ de benef\u00edcio)<\/span><\/span><\/p>\n

Eu ajudo meu pai<\/span><\/p>\n

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Ein Dieb hat <\/span>meinem Nachbarn<\/b> gestohlen (Dativ de preju\u00edzo)<\/span><\/span><\/p>\n

Um ladr\u00e3o roubou meu vizinho<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Der Sch\u00fcler hat <\/span>der Lehrerin<\/b> geantwortet (Dativ de comunica\u00e7\u00e3o)<\/span><\/span><\/p>\n

O aluno respondeu a professora<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Die Polizei ist <\/span>dem Dieb<\/b> nachgelaufen (Dativ de aproxima\u00e7\u00e3o)<\/span><\/span><\/p>\n

A pol\u00edcia perseguiu o ladr\u00e3o<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Hast du <\/span>den Kuchen<\/b> gegessen? (Akkusativ de fazer)<\/span><\/span><\/p>\n

Voc\u00ea comeu o bolo?<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Wer hat <\/span>den Baum<\/b> gef\u00e4llt? (Akkusativ de verbo factitivo)<\/span><\/span><\/p>\n

Quem derrubou a \u00e1rvore?<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Os verbos que exigem preposi\u00e7\u00e3o, ou seja, os que exigem um Pr\u00e4positionalobjekt devem ser memorizados um a um, sendo o foco da memoriza\u00e7\u00e3o lembrar qual preposi\u00e7\u00e3o este verbo exige, sobretudo quando o verbo exige uma preposi\u00e7\u00e3o distinta da do portugu\u00eas. Por exemplo, o verbo \u201cduvidar\u201d exige a preposi\u00e7\u00e3o \u201cde\u201d em portugu\u00eas, que seria \u201cvon\u201d ou \u201caus\u201d. Contudo, o verbo \u201czweifeln\u201d exige a preposi\u00e7\u00e3o \u201can\u201d, que seria nosso \u201cem\u201d. Al\u00e9m disso, precisamos saber qual declina\u00e7\u00e3o vem depois da preposi\u00e7\u00e3o, devemos memorizar a f\u00f3rmula inteira e fechada: neste caso, temos que memorizar a estrutura \u201czweifeln an jemandem\/etwas (dat)\u201d (\u201cduvidar de algu\u00e9m\/algo\u201d). Essa estrutura nos diz que temos que usar o \u201can\u201d e em seguida aplicar um Dativ. Um erro comum cometido por brasileiros \u00e9 usar a preposi\u00e7\u00e3o \u201cvon\u201d ou mesmo \u201caus\u201d, mas muito mais comum tentar usar \u201cvon\u201d. Esse erro \u00e9 completamente previs\u00edvel, j\u00e1 que utilizamos \u201cde\u201d com o verbo \u201cduvidar\u201d. Vejamos as seguintes frases:<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Niemand zweifelt <\/span>an der Kugelgestalt<\/b> der Erde<\/span><\/span><\/p>\n

Ningu\u00e9m duvida <\/span>do formato esf\u00e9rico<\/b> da terra<\/span><\/span><\/p>\n

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Ich warte <\/span>auf dich<\/b> auf der Stra\u00dfe<\/span><\/span><\/p>\n

Eu espero <\/span>por voc\u00ea<\/b> na rua\u00a0<\/span><\/span><\/p>\n

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Sie k\u00fcmmert sich <\/span>um ihren kleinen Bruder<\/b><\/span><\/p>\n

Ela cuida <\/span>de seu irm\u00e3o pequeno<\/b><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Sie hat <\/span>nach dir<\/b> gefragt<\/span><\/span><\/p>\n

Ela perguntou <\/span>por voc\u00ea<\/b><\/span><\/p>\n

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Ich habe gestern <\/span>von meinem Vater<\/b> getr\u00e4umt<\/span><\/span><\/p>\n

Eu sonhei <\/span>com meu pai<\/b> ontem<\/span><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

\u00c9 interessante para memoriza\u00e7\u00e3o fazer uma lista dos verbos que exigem \u201can\u201d, dos verbos que exigem \u201c\u00fcber\u201d, dos verbos que exigem \u201cvon\u201d, e assim por diante, e produzir uma frase pr\u00f3pria para cada um desses verbos uma vez por semana. N\u00e3o \u00e9 necess\u00e1rio fazer uma lista de todos os verbos que exigem cada preposi\u00e7\u00e3o, que s\u00e3o muitos, apenas dos <\/span>verbos que exigem uma preposi\u00e7\u00e3o diferente do portugu\u00eas<\/b>.\u00a0<\/span><\/span><\/p>\n

Os verbos que exigem preposi\u00e7\u00e3o distinta do portugu\u00eas devem ser nosso foco de aten\u00e7\u00e3o. Se fizermos esse \u00fanico exerc\u00edcio semanal, que pode ser feito com frases simples de uma ora\u00e7\u00e3o apenas, a interioriza\u00e7\u00e3o dessas estruturas vir\u00e1 muito antes que o esperado. Primeiramente, criamos uma lista de 25 verbos problem\u00e1ticos. Aos poucos, esses verbos v\u00e3o deixando de ser problem\u00e1ticos, aos poucos eles v\u00e3o saindo da lista e sendo interiorizados. Uma vez a cada 3-4 meses, o aluno precisa renovar aquela lista, tirar os verbos cuja estrutura foi automatizada e incluir novos verbos aprendidos que est\u00e3o causando problemas.<\/span><\/p>\n

Como memorizar e interiorizar qual preposi\u00e7\u00e3o deve ser usada com qual verbo? Para ajudar nesta automatiza\u00e7\u00e3o, tenho recomendado aos meus alunos deixar um espa\u00e7o em branco no lado esquerdo da lista de verbos problem\u00e1ticos. Quando n\u00e3o acertamos uma estrutura sem ter que conferir qual preposi\u00e7\u00e3o \u00e9 exigida, colocamos um asterisco de l\u00e1pis. Quando acertarmos, apagamos um asterisco. Devemos repetir este processo toda vez que a lista for estudada, digamos uma vez por semana. Ao fim de 3 meses, se fizermos este exerc\u00edcio uma vez por semana, o ciclo teria sido de 12 vezes, aproximadamente. Ao fim de um ciclo de estudo, j\u00e1 saberemos identificar quais daqueles verbos da lista foram interiorizados e quais n\u00e3o foram. Os que estiverem sem asterisco foram muito provavelmente interiorizados. Quanto mais asterisco houver, mais problem\u00e1tica est\u00e1 sendo a estrutura de determinado verbo. Dou muitas dicas de memoriza\u00e7\u00e3o para os meus alunos, acredito que podemos encurtar o caminho com t\u00e9cnica e metodologia, mas n\u00e3o acredito em milagres do tipo aprender sem esfor\u00e7o. Interiorizar algo relevante exige esfor\u00e7o.<\/span><\/p>\n

Uma observa\u00e7\u00e3o relevante \u00e9 que os verbos que exigem objetos preposicionados ainda t\u00eam influ\u00eancia na declina\u00e7\u00e3o sobre o objeto, quando a preposi\u00e7\u00e3o \u00e9 do tipo que aceita mais de uma declina\u00e7\u00e3o. Por isso, precisamos memorizar toda a estrutura, n\u00e3o s\u00f3 o verbo e a preposi\u00e7\u00e3o exigida, mas tamb\u00e9m a declina\u00e7\u00e3o que deve ser usada ap\u00f3s a preposi\u00e7\u00e3o. Aqui n\u00e3o cabem as regras sem\u00e2nticas que vamos aprender para declinar ap\u00f3s preposi\u00e7\u00f5es em situa\u00e7\u00f5es em que elas s\u00e3o empregadas em express\u00f5es espaciais e temporais. Uma confus\u00e3o comum \u00e9 tentar aplicar as regras sem\u00e2nticas que aprendemos quando estamos estudando as declina\u00e7\u00f5es ap\u00f3s preposi\u00e7\u00f5es como \u201c\u00fcber, an, in, auf, hinter, unter, vor, zwischen, etc.\u201d, que s\u00e3o as preposi\u00e7\u00f5es que aceitam mais de uma declina\u00e7\u00e3o.\u00a0\u00a0<\/span><\/p>\n

Por um lado, quando usamos a preposi\u00e7\u00e3o \u201cauf\u201d na senten\u00e7a \u201cIch warte auf dich\u201d, estamos falando de um objeto preposicionado do verbo \u201cwarten\u201d, e temos que memorizar a estrutura toda exigida pelo verbo, que neste caso exige a preposi\u00e7\u00e3o \u201cauf\u201d seguida de um acusativo. Por outro lado, quando usamos a preposi\u00e7\u00e3o \u201cauf\u201d em senten\u00e7as como \u201cDas Buch liegt auf dem Tisch\u201d, estamos falando de uma express\u00e3o espacial, e aqui podemos observar quest\u00f5es como movimento ou estaticidade do verbo, que s\u00e3o pontos analisados quando estamos declinando ap\u00f3s preposi\u00e7\u00f5es. Tentar aplicar estas mesmas regras no primeiro exemplo nos levaria a usar um dativo, afinal de contas o verbo \u201cwarten\u201d \u00e9 um verbo que indica falta de movimento.<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

2. Declina\u00e7\u00f5es requeridas por preposi\u00e7\u00f5es<\/b><\/span><\/h2>\n

 <\/p>\n

Agora que falamos um pouco das regras sem\u00e2nticas e morfol\u00f3gicas para saber se um verbo pede dativo, acusativo ou objeto preposicionado e tamb\u00e9m um pouco de dicas de memoriza\u00e7\u00e3o para interiorizar estas estruturas, vamos tratar das preposi\u00e7\u00f5es. Qual declina\u00e7\u00e3o colocar ap\u00f3s uma preposi\u00e7\u00e3o?<\/span><\/p>\n

Primeiramente, precisamos dividir as preposi\u00e7\u00f5es em 2 grupos: 1) as que sempre exigem uma declina\u00e7\u00e3o espec\u00edfica; 2) as que aceitam um acusativo\/dativo a depender da situa\u00e7\u00e3o. N\u00e3o temos muito o que pensar sobre as preposi\u00e7\u00f5es que exigem sempre uma declina\u00e7\u00e3o espec\u00edfica. Precisamos listar as que exigem acusativo (gegen, f\u00fcr, um, ohne, entgegen; \u2026), as que exigem dativo (zu, nach, mit, aus, von, \u2026) e as que exigem genitivo (statt, wegen, w\u00e4hrend, trotz, mangels, \u2026).\u00a0<\/span><\/p>\n

Depois de listadas, precisamos fazer frases com elas at\u00e9 nosso c\u00e9rebro interiorizar a declina\u00e7\u00e3o exigida. Ser\u00e1 um processo f\u00e1cil, que ser\u00e1 fortalecido pelo fato de ao lermos ou ouvirmos alem\u00e3o a declina\u00e7\u00e3o usada ser\u00e1 sempre a mesma, o que ajuda nos ajuda com a memoriza\u00e7\u00e3o. Como elas sempre pedem a mesma declina\u00e7\u00e3o, esse conhecimento pode ser usado at\u00e9 mesmo para ir memorizando os g\u00eaneros gramaticais, se o aluno for atento aos estiver lendo ou ouvindo.\u00a0<\/span><\/p>\n

As preposi\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas s\u00e3o as que aceitam tanto o acusativo ou o dativo, sob condi\u00e7\u00f5es espec\u00edficas: \u00fcber, neben, unter, vor, hinter, zwischen, an, in, auf, \u2026 Quando estamos diante dessas preposi\u00e7\u00f5es, precisamos nos perguntar duas coisas, nesta ordem: 1) a preposi\u00e7\u00e3o est\u00e1 encabe\u00e7ando uma express\u00e3o temporal? (se sim, temos que usar dativo); 2) sendo uma express\u00e3o espacial, o verbo indica deslocamento ou n\u00e3o? (se indicar deslocamento, usamos acusativo, caso contr\u00e1rio usamos dativo). Vejamos este \u00fanico exemplo que condensa os tr\u00eas tipos de regra:<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

In <\/span>diesem<\/b> Monat gehe ich mit <\/span>meinem<\/b> Sohn in <\/span>den<\/b> Park<\/span><\/span><\/p>\n

Neste m\u00eas eu vou para o parque com meu filho<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Na express\u00e3o \u201cin diesem Monat\u201d, usamos dativo porque a preposi\u00e7\u00e3o \u201cin\u201d n\u00e3o exige nenhuma declina\u00e7\u00e3o espec\u00edfica a todo momento e a express\u00e3o \u00e9 temporal. Embora o verbo indique movimento, a express\u00e3o \u00e9 temporal e o movimento do verbo deve ser observado apenas em express\u00f5es espaciais, afinal o movimento se faz no espa\u00e7o. Na express\u00e3o \u201cmit meinem Sohn\u201d, temos um dativo porque a preposi\u00e7\u00e3o \u201cmit\u201d exige um dativo sempre. Por \u00faltimo, na express\u00e3o \u201cin den Park\u201d, temos um acusativo porque a preposi\u00e7\u00e3o \u201cin\u201d n\u00e3o exige nenhuma declina\u00e7\u00e3o espec\u00edfica a todo momento, a express\u00e3o n\u00e3o \u00e9 temporal e, dentro de uma express\u00e3o espacial, o verbo indica deslocamento.\u00a0\u00a0<\/span><\/p>\n

Uma confus\u00e3o muito comum que leva ao erro em muitas situa\u00e7\u00f5es \u00e9 sempre observar o movimento do verbo sem prestar aten\u00e7\u00e3o se estamos diante de uma express\u00e3o espacial de fato. N\u00e3o faz sentido observar o movimento do verbo sem ter certeza antes se estamos lidando com uma express\u00e3o espacial, j\u00e1 que o movimento se executa justamente no espa\u00e7o. Pelo menos esta \u00e9 a l\u00f3gica da l\u00edngua. Se surgirem quest\u00f5es como \u201conde\u201d ou \u201cpara onde\u201d, estamos falando de express\u00f5es espaciais. Se surgirem quest\u00f5es como \u201cquem\/o que\u201d, \u201cpor quem\/que\u201d, \u201cpara quem\/o que\u201d, etc., a\u00ed nestes casos estamos falando de objetos, e n\u00e3o de express\u00f5es espaciais. Por que esta distin\u00e7\u00e3o \u00e9 relevante? Vamos analisar a seguinte frase:<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Ich warte <\/span>auf sie<\/b><\/span><\/p>\n

Eu espero por ela<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

O verbo \u201cwarten\u201d tem uma sem\u00e2ntica est\u00e1tica, de aus\u00eancia de movimento. Nem por isso podemos colocar um dativo depois do \u201cauf\u201d. Por que isso aconte? Porque n\u00e3o estamos diante de uma express\u00e3o espacial. Estamos diante de um objeto preposicionado, a pergunta que surge em nossas mentes \u00e9 \u201ceu espero <\/span>por quem<\/b>? eu espero <\/span>por ela<\/b>\u201d. Agora vamos analisar a mesma preposi\u00e7\u00e3o \u201cauf\u201d sendo usada em outro contexto:<\/span><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Ich warte auf sie<\/span> auf der Stra\u00dfe<\/b><\/span><\/p>\n

Eu espero por ela na rua<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Neste \u00faltimo exemplo, a express\u00e3o \u201cauf der Stra\u00dfe\u201d indica uma express\u00e3o espacial. A pergunta que surge em nossas mentes \u00e9 \u201ceu espero por ela <\/span>onde<\/b>? eu espero por ela <\/span>na rua<\/b>\u201d. Agora que estamos diante de uma express\u00e3o espacial, s\u00f3 neste caso, devemos analisar a estaticidade do verbo e usar o dativo de \u201cdie Stra\u00dfe\u201d, que \u00e9 \u201cder Stra\u00dfe\u201d. S\u00f3 depois de termos certeza de que estamos diante de uma express\u00e3o espacial, apenas quando surge em nossas mentes uma pergunta do tipo \u201conde\u201d ou \u201cpara onde\u201d, \u00e9 que devemos analisar o movimento de um verbo ou a falta de movimento.<\/span><\/span><\/p>\n

Como afirmado anteriormente, para os casos dos objetos preposicionados, precisamos memorizar toda a estrutura, n\u00e3o s\u00f3 o verbo e a preposi\u00e7\u00e3o exigida, mas tamb\u00e9m a declina\u00e7\u00e3o que deve ser usada ap\u00f3s a preposi\u00e7\u00e3o. Como vimos, aqui n\u00e3o s\u00e3o aplicadas as regras sem\u00e2nticas que acabamos de estudar para declinar ap\u00f3s preposi\u00e7\u00f5es em situa\u00e7\u00f5es em que estas s\u00e3o empregadas dentro de express\u00f5es espaciais ou temporais.\u00a0<\/span><\/p>\n

<\/h2>\n

3. Declina\u00e7\u00f5es requeridas por substantivos e adjetivos<\/b><\/span><\/h2>\n

 <\/p>\n

Outros dois elementos que podem exigir uma declina\u00e7\u00e3o, embora nem sempre, s\u00e3o os adjetivos e substantivos. Alguns adjetivos e substantivos, assim como verbos, exigem um complemento. Por exemplo, quando usamos o substantivo \u201cmedo\u201d, geralmente temos um complemento, temos medo <\/span>de algo<\/b>. Isso n\u00e3o ocorre com todo substantivo. Por exemplo, o substantivo \u201cmesa\u201d n\u00e3o exige nenhum complemento. Voc\u00ea pode dizer \u201cele tem uma mesa\u201d, mas seria esquisito dizer \u201cele tem medo\u201d, sem nenhum complemento expl\u00edcito ou ao menos um complemento impl\u00edcito. O complemento pode estar omitido em portugu\u00eas, mas ele pode ser acionado mentalmente, ele est\u00e1 l\u00e1, foi apenas uma omiss\u00e3o. A depender do contexto, podemos dizer \u201cele tem medo\u201d, se sabemos o complemento pelo contexto. Alguns adjetivos tamb\u00e9m podem exigir complementos, como \u201cele \u00e9 fiel \u00e0 esposa\u201d. Quem \u00e9 fiel, \u00e9 fiel <\/span>a algo\/algu\u00e9m<\/b>. O adjetivo \u201cfiel\u201d exige a preposi\u00e7\u00e3o \u201ca\u201d em portugu\u00eas, assim como o substantivo \u201cmedo\u201d exige \u201cde\u201d.\u00a0<\/span><\/span><\/p>\n

No alem\u00e3o, temos a mesma quest\u00e3o, mas com um agravante: as declina\u00e7\u00f5es. O adjetivo pode pedir uma preposi\u00e7\u00e3o, mas alguns exigem simplesmente um dativo, um acusativo ou um genitivo (este \u00faltimo mais raro), sem nenhuma preposi\u00e7\u00e3o, assim como um verbo pode pedir um dativo ou um acusativo sem o uso de nenhuma preposi\u00e7\u00e3o. Vejamos os seguintes exemplos:<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Er ist <\/span>aufmerksam auf die Worte<\/b> des Lehrers (aufmerksam auf + akk)<\/span><\/span><\/p>\n

Ele est\u00e1 atento \u00e0s palavras do professor<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Ich bin <\/span>meiner Frau treu <\/b>(treu + dat)<\/span><\/span><\/p>\n

Eu sou fiel \u00e0 minha esposa<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Der Tisch ist <\/span>einen Meter lang<\/b> (lang + akk)<\/span><\/span><\/p>\n

A mesa tem um metro de comprimento\u00a0<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Os exemplos acima mostram como alguns adjetivos podem pedir uma preposi\u00e7\u00e3o e depois uma declina\u00e7\u00e3o ou podem pedir uma declina\u00e7\u00e3o e pronto. Para os adjetivos que exigem uma preposi\u00e7\u00e3o, o foco do aluno deve ser memorizar e interiorizar as estruturas em que a preposi\u00e7\u00e3o exigida em alem\u00e3o seja diferente da exigida em portugu\u00eas. Para os adjetivos que exigem um dativo\/acusativo\/genitivo direto, o aluno precisa fazer uma lista e criar frases pr\u00f3prias at\u00e9 interiorizar, mas eles s\u00e3o menos numerosos e n\u00e3o devem causar muitos problemas. Isso tamb\u00e9m ocorre com substantivos. Vejamos alguns exemplos:<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Ich habe <\/span>Angst vor diesem Hund<\/b> (Angst + vor + dat)<\/span><\/span><\/p>\n

Eu tenho medo desse cachorro<\/strong><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Die <\/span>Einwohner dieses Landes<\/b> sind freundlich (Einwohner + gen)<\/span><\/span><\/p>\n

Os habitantes deste pa\u00eds<\/strong> s\u00e3o amig\u00e1veis<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Aqui tamb\u00e9m vale a mesma ressalva que foi feita para o caso dos objetos preposicionados. Quando um substantivo ou um adjetivo exige um complemento preposicionado, se a preposi\u00e7\u00e3o for do tipo que aceita mais de uma declina\u00e7\u00e3o, precisamos prestar aten\u00e7\u00e3o na declina\u00e7\u00e3o do complemento do substantivo ou do adjetivo. N\u00e3o podemos, por exemplo, aplicar as regras sem\u00e2nticas de movimento e estaticidade que aprendemos quando estamos estudando as declina\u00e7\u00f5es ap\u00f3s preposi\u00e7\u00f5es. Estas regras s\u00f3 podem ser aplicadas quando estas preposi\u00e7\u00f5es est\u00e3o empregadas dentro de express\u00f5es espaciais ou temporais.<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

4. Declina\u00e7\u00f5es em express\u00f5es temporais sem preposi\u00e7\u00e3o<\/b><\/span><\/h2>\n

 <\/p>\n

H\u00e1 tamb\u00e9m express\u00f5es temporais sem preposi\u00e7\u00e3o que exigem acusativo (em algumas express\u00f5es, um genitivo). Por exemplo, podemos dizer \u201cin diesem Monat\u201d, usando um dativo, pelas regras vistas acima, mas tamb\u00e9m podemos dizer \u201cdiesen Monat\u201d, sem a preposi\u00e7\u00e3o \u201cin\u201d, mas agora no acusativo. Express\u00f5es como \u201cjeden Tag\u201d poderiam ser ditam como \u201can jedem Tag(e)\u201d. Ou seja, sem preposi\u00e7\u00f5es, essas express\u00f5es temporais ficam no acusativo. Quando temos uma preposi\u00e7\u00e3o, colocamos no dativo, exceto se a preposi\u00e7\u00e3o for do tipo que exige sempre uma declina\u00e7\u00e3o espec\u00edfica e esta declina\u00e7\u00e3o seja diferente do dativo. Vejamos alguns exemplos:<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Ich bin <\/span>letztes Jahr<\/b> nach Deutschland geflogen<\/span><\/span><\/p>\n

Ich bin <\/span>im letzten Jahr<\/b> nach Deutschland geflogen<\/span><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Ich lerne <\/span>jeden Tag<\/b> Deutsch<\/span><\/span><\/p>\n

Lerne und tue <\/span>an jedem Tage<\/b> etwas Gutes (Sprichwort)<\/span><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

5. Observa\u00e7\u00f5es gerais sobre os elementos que recebem as declina\u00e7\u00f5es\u00a0<\/b><\/span><\/h2>\n

 <\/p>\n

Quanto aos elementos que recebem a declina\u00e7\u00e3o, que s\u00e3o mais numerosos do que os que exigem, devemos voltar nossos esfor\u00e7os para memorizar as formas das declina\u00e7\u00f5es e o g\u00eanero gramatical do substantivo empregado como n\u00facleo da express\u00e3o declinada. \u00c9 muito importante que o aluno memorize os g\u00eaneros de forma adequada. Esta quest\u00e3o do g\u00eanero tem causado problemas mesmo em alunos j\u00e1 intermedi\u00e1rios ou mesmo avan\u00e7ados em termos de n\u00famero de vocabul\u00e1rio. Precisamos utilizar t\u00e9cnicas eficientes para memorizar e interiorizar os g\u00eaneros, porque mais cedo ou mais tarde isso ser\u00e1 um problema, j\u00e1 que a escolha de qual forma declinada vamos utilizar depende do g\u00eanero gramatical do substantivo.\u00a0<\/span><\/p>\n

N\u00e3o ter este conhecimento termina impactando a utiliza\u00e7\u00e3o da forma correta do possessivo, do demonstrativo, do pronome objeto, do adjetivo, do pronome relativo, e assim por diante. Um problema que aparentemente \u00e9 pontual se torna global, causando grandes dificuldades para os alunos que deixam de lado essa quest\u00e3o do g\u00eanero gramatical. O aluno n\u00e3o pode fugir disso, e o professor deve sempre exigir que o aluno esteja em dia quanto a isso. A tem\u00e1tica do g\u00eanero gramatical deve ser cont\u00ednua e deve estar presente direta ou indiretamente em todos os n\u00edveis.<\/span><\/p>\n

Outro ponto relevante diz respeito aos adjetivos. Os adjetivos s\u00f3 s\u00e3o declinados quando s\u00e3o empregados ao lado do substantivo, como um adjunto adnominal. Se estiver sendo empregado como predicativo, sem a presen\u00e7a de um substantivo ao lado, n\u00e3o devemos declinar o adjetivo, devemos usar sua forma primitiva, a que encontramos nos dicion\u00e1rios. Vejamos estes exemplos:<\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Dieses Haus ist <\/span>gelb<\/b><\/span><\/p>\n

Diese H\u00e4user sind <\/span>gelb<\/b><\/span><\/p>\n

Dieser Stuhl ist <\/span>gelb<\/b><\/span><\/p>\n

Diese St\u00fchle sind <\/span>gelb<\/b><\/span><\/p>\n

Dieses <\/span>gelbe<\/b> Haus ist alt<\/span><\/span><\/p>\n

Diese <\/span>gelben <\/b>H\u00e4user sind alt<\/span><\/span><\/p>\n

Dieser <\/span>gelbe <\/b>Stuhl ist alt<\/span><\/span><\/p>\n

Diese <\/span>gelben<\/b> St\u00fchle sind alt<\/span><\/span><\/p>\n

 <\/p>\n

Podemos observar que o adjetivo \u00e9 um elemento declin\u00e1vel, mas apenas quando \u00e9 empregado ao lado do substantivo. Outro ponto relevante que precisamos prestar aten\u00e7\u00e3o \u00e9 sobre qual modelo de declina\u00e7\u00e3o de adjetivos devemos usar. Para isso, precisamos observar qual elemento est\u00e1 sendo usado antes do adjetivo (em nosso exemplo, o pronome demonstrativo \u201cdies_\u201d), este elemento nos dir\u00e1 qual dos 3 modelos de declina\u00e7\u00e3o dos adjetivos devemos usar.\u00a0<\/span><\/p>\n

<\/h2>\n

6. Lista Parcial de Declina\u00e7\u00f5es Problem\u00e1ticas Usadas com Verbos, Adjetivos e Substantivos\u00a0<\/b><\/span><\/h2>\n

 <\/p>\n

Nesta se\u00e7\u00e3o, trazemos uma lista parcial das declina\u00e7\u00f5es mais problem\u00e1ticas para um falante nativo do portugu\u00eas. Dividimos a lista em quatro partes: 1) verbos requerendo declina\u00e7\u00f5es\/preposi\u00e7\u00f5es; 2) adjetivos requerendo declina\u00e7\u00f5es\/preposi\u00e7\u00f5es; 3) substantivos requerendo declina\u00e7\u00f5es\/preposi\u00e7\u00f5es; 4) express\u00f5es fixas com preposi\u00e7\u00f5es. Em cada parte, trazemos apenas uma lista parcial das estruturas problem\u00e1ticas para um brasileiro.<\/span><\/p>\n

O objetivo \u00e9 que a lista seja customizada para cada p\u00fablico-alvo, j\u00e1 que as dificuldades s\u00e3o tamb\u00e9m espec\u00edficas, sempre baseadas na l\u00edngua nativa do aluno. Para listas mais completas, quem estiver interessado pode se matricular em algum dos cursos da Inner Tree e ter acesso a materiais mais extensos, com mais exemplos e com listas completas dos principais verbos, adjetivos e substantivos problem\u00e1ticos no que diz respeito \u00e0 declina\u00e7\u00e3o, \u00e0 preposi\u00e7\u00e3o escolhida ou \u00e0 declina\u00e7\u00e3o ap\u00f3s essas preposi\u00e7\u00f5es. Bons estudos!<\/span><\/p>\n

Verbos<\/b><\/span><\/p>\n

    \n
  1. helfen jemandem (dat) bei etwas (dat) – ajudar algu\u00e9m com algo<\/span><\/li>\n
  2. schaden jemandem (dat) – prejudicar algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
  3. stehlen jemandem (dat) – roubar algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
  4. antworten jemandem (dat) – responder (a) algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
  5. geh\u00f6ren jemandem (dat) – pertencer a algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
  6. nachlaufen jemandem (dat) – perseguir algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
  7. folgen jemandem (dat) – seguir algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
  8. anrufen jemanden (akk) – ligar para algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
  9. fragen jemanden (akk) – perguntar para algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
  10. bitten jemanden (akk) um etwas (akk) – pedir algo para algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
  11. geben jemandem (dat) etwas (akk) – dar algo para algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
  12. anbieten jemandem (dat) akk (akk) – oferecer algo para algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
  13. sterben an etwas (dat) – morrer de algo<\/span><\/li>\n
  14. zweifeln an etwas (dat) – duvidar de algo<\/span><\/li>\n
  15. sich sorgen um jemanden (akk) – se preocupar com algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
  16. sich bem\u00fchen um etwas (akk) se esfor\u00e7ar por algo<\/span><\/li>\n
  17. sich wundern \u00fcber etwas (akk) – se admirar com algo<\/span><\/li>\n
  18. sich \u00e4rgern \u00fcber jemanden (akk) – se irritar com algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
  19. gratulieren jemandem (dat) zu etwas (dat) – parabenizar algu\u00e9m por algo<\/span><\/li>\n
  20. tr\u00e4umen von jemandem (dat) – sonhar com algu\u00e9m<\/span><\/li>\n<\/ol>\n

    Adjetivos<\/b><\/span><\/p>\n

      \n
    1. jemandem (dat) treu – fiel a algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
    2. jemandem (dat) n\u00fctzlich – \u00fatil para algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
    3. jemandem (dat) m\u00f6glich – poss\u00edvel para algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
    4. jemandem (dat) sch\u00e4dlich – prejudicial para algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
    5. jemandem (dat) dankbar – grato a algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
    6. jemandem (dat) gehorsam – obediente a algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
    7. jemandem (dat) wichtig – importante para algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
    8. jemandem (dat) fremd – estranho para algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
    9. arm an etwas (dat) – rico em algo<\/span><\/li>\n
    10. freundlich zu jemandem (dat) – amig\u00e1vel com algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
    11. stolz auf etwas (akk) – orgulhoso de algo<\/span><\/li>\n
    12. froh \u00fcber etwas (akk) – feliz com algo<\/span><\/li>\n
    13. besorgt um jemanden (akk) – preocupado com algu\u00e9m<\/span><\/li>\n
    14. aufmerksam auf etwas (akk) – atento a algo<\/span><\/li>\n
    15. angewiesen auf etwas (akk) – dependente de algo\u00a0<\/span><\/li>\n<\/ol>\n

      Substantivos<\/b><\/span><\/p>\n

        \n
      1. Angst vor jemandem\/etwas (dat) – medo de algu\u00e9m\/algo<\/span><\/li>\n
      2. \u00c4rger \u00fcber jemanden\/etwas (akk) – raiva de algu\u00e9m\/algo<\/span><\/li>\n
      3. Freude \u00fcber etwas (akk) – alegria por algo<\/span><\/li>\n
      4. Traurigkeit \u00fcber etwas (akk) – tristeza com algo<\/span><\/li>\n
      5. Ungl\u00fcck \u00fcber etwas (akk) – azar com algo<\/span><\/li>\n
      6. Wut auf\/\u00fcber etwas (akk) – raiva de algo<\/span><\/li>\n
      7. Neid auf etwas (akk) – inveja de algo<\/span><\/li>\n
      8. Stolz auf etwas (akk) – orgulho de algo<\/span><\/li>\n
      9. Neugier auf etwas (akk) – curiosidade com algo<\/span><\/li>\n
      10. Interesse an etwas (dat) – interesse por algo<\/span><\/li>\n
      11. Reichtum an etwas (dat) – riqueza de algo<\/span><\/li>\n
      12. Schuld an etwas (dat) – culpa de algo<\/span><\/li>\n
      13. Wichtigkeit f\u00fcr etwas (akk) – import\u00e2ncia de algo<\/span><\/li>\n
      14. Inhalt von etwas (dat) – conte\u00fado de algo<\/span><\/li>\n
      15. Unfreundlichkeit zu etwas (dat) – inimizade com algo<\/span><\/li>\n<\/ol>\n

        Express\u00f5es fixas com preposi\u00e7\u00f5es<\/b><\/span><\/p>\n

          \n
        1. zu Fu\u00df – a p\u00e9<\/span><\/li>\n
        2. zum Beispiel – por exemplo<\/span><\/li>\n
        3. auf diese Weise – desta maneira<\/span><\/li>\n
        4. auf Grund von etwas (dat) – por causa de algo<\/span><\/li>\n
        5. in Bezug auf etwas (akk) – em rela\u00e7\u00e3o a algo\u00a0<\/span><\/li>\n
        6. durch Zufall – por acaso<\/span><\/li>\n
        7. meiner Meinung nach – na minha opini\u00e3o<\/span><\/li>\n
        8. in Trauer – de luto<\/span><\/li>\n
        9. im Vorbeigehen – de passagem<\/span><\/li>\n
        10. im Zweifel – na d\u00favida<\/span><\/li>\n
        11. in Kraft – vigente<\/span><\/li>\n
        12. im Verdacht – sob suspeita<\/span><\/li>\n
        13. alles in allem – no geral<\/span><\/li>\n
        14. im g\u00fcnstigsten\/schlimmsten Fall – no melhor\/pior dos casos<\/span><\/li>\n
        15. mit Absicht – de prop\u00f3sito<\/span><\/li>\n<\/ol>\n

          Conclus\u00e3o<\/b><\/span><\/h2>\n

           <\/p>\n

          Neste artigo, temos algumas informa\u00e7\u00f5es que s\u00e3o mais voltadas para um aluno intermedi\u00e1rio, outras s\u00e3o mais \u00fateis para um aluno iniciante. O objetivo final foi esclarecer o que \u00e9 uma l\u00edngua declinada, o que \u00e9 declina\u00e7\u00e3o e como o alem\u00e3o usa esse sistema, ou seja, quais s\u00e3o os elementos que exigem declina\u00e7\u00e3o e quais s\u00e3o os elementos que recebem as declina\u00e7\u00f5es. O foco do artigo foram os elementos regentes, os que exigem as declina\u00e7\u00e3o. Ao longo do texto, estudamos algumas regras sem\u00e2nticas e morfol\u00f3gicas que podem nos ajudar a \u201cprever\u201d qual declina\u00e7\u00e3o devemos usar. Tamb\u00e9m foram dadas algumas dicas de memoriza\u00e7\u00e3o para interiorizar as estruturas que podem causar dificuldades para um falante nativo de portugu\u00eas.\u00a0<\/span><\/p>\n

          A pergunta do t\u00edtulo foi respondida, o dativo n\u00e3o \u00e9 nosso objeto indireto e o acusativo n\u00e3o \u00e9 nosso objeto direto. N\u00e3o podemos fazer este tipo de compara\u00e7\u00e3o pelo simples fato de o alem\u00e3o ter tr\u00eas tipos de objetos, enquanto o portugu\u00eas tem dois. O que devemos fazer \u00e9 entender o que s\u00e3o as declina\u00e7\u00f5es e as regras sem\u00e2nticas e morfol\u00f3gicas de uso para estas declina\u00e7\u00f5es. Pode parecer dif\u00edcil no in\u00edcio, mas em pouco tempo nosso c\u00e9rebro assimila a l\u00f3gica por tr\u00e1s da declina\u00e7\u00e3o, o que n\u00e3o poderia ser diferente, afinal h\u00e1 muitas l\u00ednguas declinadas ao redor do mundo e nosso c\u00e9rebro \u00e9 capaz de adquirir uma sem problemas. Se podemos adquirir, tamb\u00e9m podemos aprender.\u00a0<\/span><\/p>\n

          Quem tiver interesse por um guia completo e definitivo sobre o sistema de declina\u00e7\u00f5es do alem\u00e3o voltado para os brasileiros, pode procurar meu e-book publicado na Amazon com o t\u00edtulo \u201cDeclina\u00e7\u00e3o em Alem\u00e3o: Guia Pr\u00e1tico e Definitivo para Brasileiros\u201d. Neste livro, al\u00e9m de trazer mais exemplos nas explica\u00e7\u00f5es sobre os termos que exigem declina\u00e7\u00f5es, inclu\u00ed tamb\u00e9m uma discuss\u00e3o detalhada sobre as formas dos termos que recebem as declina\u00e7\u00f5es, sobretudo sobre as declina\u00e7\u00f5es dos adjetivos. Com muitos exemplos, regras claras, exce\u00e7\u00f5es e tabelas de declina\u00e7\u00f5es, pretendo com este livro trazer um guia completo que ajude os brasileiros interessados em dominar este tema, que \u00e9 t\u00e3o espinhoso para todos n\u00f3s, mas que infelizmente tem sido t\u00e3o mal ensinado e estudado.<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

          Introdu\u00e7\u00e3o   A escolha do Dativ ou do Akkusativ gera muita d\u00favida em falantes de l\u00ednguas como o portugu\u00eas e espanhol. Este tema tem causado dificuldades mesmo em alunos que j\u00e1 estudaram alem\u00e3o por anos. 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