![\"Pron\u00fancia](\"https:\/\/innertreeidiomas.com\/wp-content\/uploads\/2022\/03\/Slide1-3-e1651337279139.png\")
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A se\u00e7\u00e3o <\/span><\/i>fundamentos<\/i><\/b> \u00e9 uma se\u00e7\u00e3o de artigos em que apresentamos os fundamentos de como aprender uma l\u00edngua estrangeira de forma eficiente quando somos adultos, ou seja, quando n\u00e3o estamos mais na chamada fase de aquisi\u00e7\u00e3o de linguagem, que \u00e9 uma fase t\u00edpica da primeira inf\u00e2ncia. Quando se \u00e9 adulto, ter consci\u00eancia desses fundamentos ajudar\u00e1 em um processo de aprendizado mais eficiente e de maior qualidade. Esses artigos buscam ajudar nosso p\u00fablico a aprender a como aprender uma l\u00edngua estrangeira sem a necessidade de levar anos a fio para se atingir um n\u00edvel avan\u00e7ado em uma l\u00edngua estrangeira.\u00a0<\/span><\/i><\/span><\/p>\n <\/p>\n No que diz respeito \u00e0 pron\u00fancia do ingl\u00eas, sua import\u00e2ncia e como estud\u00e1-la, temos um exemplo de extremos entre os estudantes da l\u00edngua. H\u00e1 aqueles que s\u00e3o obcecados com pron\u00fancia e acreditam que s\u00f3 ser\u00e3o entendidos se a pron\u00fancia for igual a de um nativo, se preocupando com quest\u00f5es como melodia e sotaque. Para algumas destas pessoas, h\u00e1 que se escolher de antem\u00e3o se se trata de ingl\u00eas brit\u00e2nico, americano, australiano, etc. Para este p\u00fablico, o objetivo seria sempre tentar imitar alguma dessas variantes do ingl\u00eas. H\u00e1 outros, contudo, que n\u00e3o d\u00e3o a m\u00ednima para a pron\u00fancia e sempre est\u00e3o inventando a pron\u00fancia da palavra durante a leitura de um texto, por n\u00e3o quererem entrar em um dicion\u00e1rio para conferir qual a pron\u00fancia da palavra. Muitos deste p\u00fablico acreditam que podem chutar uma pron\u00fancia, com chances reais de acertar ou pelo menos ser compreendido.\u00a0<\/span><\/p>\n Para o estudo do ingl\u00eas, conferir a pron\u00fancia de uma palavra deve ser um h\u00e1bito constante. Este h\u00e1bito \u00e9 importante para o estudo de qualquer l\u00edngua estrangeira, mas \u00e9 ainda mais imprescind\u00edvel quando estamos aprendendo uma l\u00edngua como o ingl\u00eas, que tem uma ortografia muito complexa e que frequentemente n\u00e3o corresponde \u00e0 fala. Por exemplo, o \u201cgh\u201d pode ser pronunciado como \u201cf\u201d em palavras como \u201claugh\u201d e \u201ccough\u201d, mas pode ser mudo em palavras como \u201cthought\u201d ou \u201cnight\u201d. O mesmo d\u00edgrafo \u201cou\u201d, que \u00e9 pronunciado como \/\u0254\u02d0\/ em palavras como \u201cthought\u201d e \u201cfought\u201d, \u00e9 pronunciado como \/u\u02d0\/ em palavras como \u201cthrough\u201d e como \/<\/span>\u028c\/<\/span> em palavras como \u201ccountry\u201d e \u201ctough\u201d.\u00a0<\/span><\/span><\/p>\n <\/p>\n \u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0<\/span><\/p>\n Algumas palavras s\u00e3o bem parecidas com palavras do portugu\u00eas do ponto de vista da ortografia, mas muito diferentes quando analisamos a pron\u00fancia em ingl\u00eas. Por exemplo, quando lemos “pneumonia”, conseguimos reconhecer rapidamente seu significado porque temos uma palavra cognata em portugu\u00eas, pneumonia, que tem exatamente a mesma escrita. Contudo, a pron\u00fancia em ingl\u00eas de “pneumonia” \u00e9 bem diferente: falamos \/nu\u02d0\u02c8mo\u028a.nj\u0259\/ no ingl\u00eas americano e \/nju\u02d0\u02c8m\u0259\u028a.ni.\u0259\/ no ingl\u00eas brit\u00e2nico, como se estiv\u00e9ssemos falando algo pr\u00f3ximo a “num\u00f4unia” ou \u201cnium\u00f4unia\u201d. Se um falante nativo de ingl\u00eas, ao falar em portugu\u00eas, ignorasse a pron\u00fancia dessa palavra em portugu\u00eas e falasse algo como “meu pai est\u00e1 com “num\u00f4unia”, n\u00e3o entender\u00edamos com facilidade o seria uma\u00a0 “num\u00f4unia”. Similarmente, se falarmos algo como “pneumonia”, um falante nativo de ingl\u00eas provavelmente ter\u00e1 dificuldade para entender.<\/span><\/p>\n Por essas quest\u00f5es espec\u00edficas da ortografia do ingl\u00eas, que frequentemente n\u00e3o nos ajuda a prever a pron\u00fancia da palavra, precisamos estar atentos n\u00e3o s\u00f3 ao modo correto de pronunciar as palavras cuja ortografia \u00e9 semelhante a seus correspondentes em portugu\u00eas, mas tamb\u00e9m ao modo correto de escrever as palavras cuja pron\u00fancia j\u00e1 foi naturalizada. Dominar a ortografia e a pron\u00fancia em ingl\u00eas \u00e9 essencial para quem deseja ser fluente tanto na fala quanto na escrita. Naturalmente, a pron\u00fancia \u00e9 essencial para manter uma comunica\u00e7\u00e3o, mas sabemos que dominar a ortografia de uma l\u00edngua tamb\u00e9m \u00e9 importante. Quando falamos e escrevemos bem em um idioma, as chances de uma inser\u00e7\u00e3o s\u00f3lida na sociedade s\u00e3o geralmente maiores.<\/span><\/p>\n Assim como os erros nos usos de preposi\u00e7\u00e3o e de express\u00f5es com collocations, muitos erros de pron\u00fancia n\u00e3o s\u00e3o aleat\u00f3rios e s\u00e3o recorrentes. Tamb\u00e9m aqui temos que entender que o processo de aquisi\u00e7\u00e3o da fonologia de uma l\u00edngua na primeira inf\u00e2ncia n\u00e3o pode ser repetido. Ou seja, para adultos aprenderem e naturalizarem certas pron\u00fancias, uma metodologia consistente e eficiente precisa dar aten\u00e7\u00e3o a esses erros recorrentes e previs\u00edveis. Para ser de fato eficiente, como muitos desses erros s\u00e3o baseados na l\u00edngua nativa do aluno, precisamos de uma metodologia espec\u00edfica e personalizada, que foque nesses aspectos e chame aten\u00e7\u00e3o dos alunos para os lugares espec\u00edficos em que potencialmente temos mais dificuldades.\u00a0<\/span><\/p>\n Uma metodologia global n\u00e3o \u00e9 t\u00e3o eficiente, pois traz muitos aspectos desnecess\u00e1rios e poderia n\u00e3o dar a aten\u00e7\u00e3o devida para os aspectos mais problem\u00e1ticos para aquele grupo de alunos. Portanto, um brasileiro que queira aprender ingl\u00eas de forma eficiente precisa de uma metodologia de ensino que foque nos aspectos em que recorrentemente um falante nativo de portugu\u00eas tem mais dificuldade, assim como um alem\u00e3o que queira aprender ingl\u00eas de forma mais eficiente precisa de uma metodologia que chame aten\u00e7\u00e3o para os erros recorrentes que um falante nativo de alem\u00e3o comete.\u00a0<\/span><\/p>\n Entre os diferentes erros recorrentes e previs\u00edveis, temos o erro de pron\u00fancia envolvendo o sufixo \u201c_ed\u201d, usado na forma\u00e7\u00e3o de um \u201csimple past\u201d ou de um partic\u00edpio passado de verbos regulares. Um erro muito comum envolvendo falantes nativos de portugu\u00eas \u00e9 a pron\u00fancia da vogal do sufixo -ed, em parte por influ\u00eancia da ortografia, em parte por influ\u00eancia do padr\u00e3o sil\u00e1bico do portugu\u00eas. Em portugu\u00eas, as s\u00edlabas n\u00e3o aceitam determinadas consoantes, como o \/k\/, \/t\/, \/d\/, \/p\/, etc., na posi\u00e7\u00e3o final da s\u00edlaba, ainda mais quando \u00e9 uma sequ\u00eancia de duas ou mais dessas consoantes. Por isso, um falante nativo de portugu\u00eas tende a pronunciar o “e” em palavras como “liked”, “worked”, “saved”, “married”, “dodged”, etc. Em alguns contextos espec\u00edficos, essa vogal deve mesmo ser pronunciada, mas apenas quando \u00e9 precedida por “t” ou “d”, como em “waited” ou “commanded”.\u00a0<\/span><\/p>\n A pron\u00fancia correta<\/span> de todos os in\u00fameros verbos regulares no simple past e past participle envolve apenas 3 regras. Ao todo, temos apenas tr\u00eas pron\u00fancias poss\u00edveis para este sufixo: \/t\/, \/d\/ ou \/\u026ad\/. As regras s\u00e3o fonol<\/span>\u00f3gicas, portanto a ortografia n\u00e3o vai nos ajudar. A primeira regra diz que, se a consoante anterior ao \u201ced\u201d for pronunciada como uma consoante surda (em que n\u00e3o h\u00e1 uma vibra\u00e7\u00e3o das cordas vocais), o sufixo \u201ced\u201d subsequente ser\u00e1 pronunciado como \/t\/. A segunda regra diz que, se a consoante anterior ao \u201ced\u201d for pronunciada como uma consoante sonora (em que h\u00e1 uma vibra\u00e7\u00e3o das cordas vocais) ou o som anterior ao \u201ced\u201d for o som de uma vogal, o sufixo \u201ced\u201d subsequente ser\u00e1 pronunciado como \/d\/. A \u00faltima regra diz que, se a consoante anterior ao \u201ced\u201d for pronunciada como um \/t\/ ou \/d\/, o sufixo \u201ced\u201d subsequente ser\u00e1 pronunciado como \/\u026ad\/. Para sentir a diferen\u00e7a entre consoantes surdas e vibrantes, basta colocar a m\u00e3o sobre a garganta e tentar pronunciar um \/s\/ sem vogal e, em seguida, um \/z\/ sem vogal. Podemos observar claramente que, ao pronunciar o \/s\/ sem vogal, n\u00e3o h\u00e1 nenhuma vibra\u00e7\u00e3o nas cordas vocais, enquanto o \/z\/ \u00e9 pronunciado no mesmo ponto de articula\u00e7\u00e3o do \/s\/ com a \u00fanica diferen\u00e7a de conter uma vibra\u00e7\u00e3o nas cordas vocais. Tecnicamente, o \/z\/ \u00e9 a vers\u00e3o vibrante do \/s\/, assim como o \/v\/ \u00e9 a vers\u00e3o vibrante do \/f\/, o \/d\/ \u00e9 a vers\u00e3o vibrante do \/t\/, o \/b\/ \u00e9 a vers\u00e3o vibrante do \/p\/, e assim por diante. Quando tentamos pronunciar as consoantes \/t\/, \/p\/, \/k\/, \/f\/, \/s\/, \/\u0283\/, \/t\u0283\/, podemos observar que as cordas vocais n\u00e3o vibram, por isso elas s\u00e3o chamadas de surdas ou n\u00e3o vibrantes, enquanto na pron\u00fancia das vers\u00f5es vibrantes \/d\/, \/b\/, \/g\/, \/v\/, \/z\/, \/\u0292\/, \/d\u0292\/ h\u00e1 uma clara vibra\u00e7\u00e3o das cordas vocais.\u00a0<\/span><\/span><\/p>\n Podemos reduzir a regra para apenas uma de certa forma. Com exce\u00e7\u00e3o dos casos em que a consoante anterior ao sufixo -ed \u00e9 a consoante \u201ct\u201d ou \u201cd\u201d, se a consoante anterior ao sufixo for pronunciada como uma consoante surda, vamos pronunciar o sufixo -ed como a consoan<\/span>te tamb\u00e9m surda \/t\/, caso contr\u00e1rio usamos a vers\u00e3o sonora \/d\/. Uma forma de naturalizar e interiorizar essa regra \u00e9 separar um tempo de estudo semanal para pronunciar em voz alta uma sequ\u00eancia de palavras em que pronunciamos o sufixo -ed como \/t\/, seguida de uma sequ\u00eancia de palavras em que pronunciamos o sufixo -ed como \/d\/. Isso ajuda o c\u00e9rebro a reconhecer que estamos diante de uma regra fonol\u00f3gica. Podemos ver abaixo um exemplo dessas sequ\u00eancias de palavras:<\/span><\/span><\/p>\n <\/p>\n finish<\/b>ed \/t\/<\/strong><\/span><\/span><\/p>\n dodg<\/b>ed \/d\/<\/b><\/span><\/span><\/p>\n cough<\/b>ed \/t\/<\/b><\/span><\/span><\/p>\n sav<\/b>ed \/d<\/b>\/<\/b><\/span><\/span><\/p>\n work<\/b>ed \/t\/<\/b><\/span><\/span><\/p>\n snag<\/b>ed \/d\/<\/b><\/span><\/span><\/p>\n shipp<\/b>ed \/t\/<\/span><\/b><\/span><\/p>\n absorb<\/b>ed \/d\/<\/b><\/span><\/span><\/p>\n kiss<\/b>ed<\/b> \/t\/<\/b><\/span><\/span><\/p>\n phas<\/b>ed \/d\/<\/b><\/span><\/span><\/p>\n marri<\/b>ed \/d\/<\/b><\/span><\/span><\/p>\n studi<\/b>ed \/d\/<\/b><\/span><\/span><\/p>\n wait<\/b>ed \/\u026ad\/<\/b><\/span><\/span><\/p>\n command<\/b>ed \/\u026ad\/<\/b><\/span><\/span><\/p>\n Para conferir a pron\u00fancia dessas palavras, voc\u00ea pode acessar o dicion\u00e1rio online da Cambridge<\/a>. Ao lado de cada palavra, h\u00e1 sempre a transcri\u00e7\u00e3o fon\u00e9tica e um \u00e1udio para escutar tanto a pron\u00fancia padr\u00e3o americana quanto a pron\u00fancia padr\u00e3o brit\u00e2nica. A transcri\u00e7\u00e3o fon\u00e9tica ajuda muito a disciplinar nossa pron\u00fancia, porque \u00e0s vezes nosso ouvido nos engana, de modo que apenas ouvir o \u00e1udio correspondente n\u00e3o \u00e9 suficiente. Por exemplo, se voc\u00ea procurar por “married<\/a>” ou por “absorver<\/a>“, voc\u00ea encontrar\u00e1 as seguintes transcri\u00e7\u00f5es: \/\u02c8m\u00e6r.id<\/span>\/ e \/\u0259b\u02c8z\u0254\u02d0bd<\/span>\/. Pela transcri\u00e7\u00e3o, podemos ver claramente que a vogal “e” do sufixo “ed” n\u00e3o \u00e9 pronunciada. Ouvir o \u00e1udio junto com a transcri\u00e7\u00e3o aumenta as chances de internalizarmos a pron\u00fancia correta da palavra.<\/span><\/span><\/p>\n Ao inv\u00e9s de memorizar a pron\u00fancia de centenas e centenas de palavras individualmente, \u00e9 muito mais eficiente memorizar algumas poucas regras que trar\u00e3o um impacto exponencial na melhoria da pron\u00fancia. Al\u00e9m do sufixo -ed, h\u00e1 outros sufixos que causam muita dificuldade por ter mais de uma pron\u00fancia poss\u00edvel, como \u00e9 o caso do sufixo \u201c_ate\u201d, que aparece em verbos como \u201cto accelerate\u201d e \u201cto <\/span>assimilate\u201d <\/span>ou em adjetivos e substantivos como \u201caccurate\u201d e \u201cchocolate\u201d. Nos verbos citados, o sufixo \u201c_ate\u201d \u00e9 pronunciado como \/e\u026at\/, enquanto a pron\u00fancia deste mesmo sufixo em \u201caccurate\u201d e \u201cchocolate\u201d \u00e9 de \/\u0259t\/. Aqui tamb\u00e9m h\u00e1 algumas regras que ajudam a prever a pron\u00fancia correta. Mais uma vez, para estudarmos de forma eficiente, ao inv\u00e9s de memorizar a pron\u00fancia de centenas de palavras individualmente, podemos memorizar e naturalizar algumas poucas regras que trar\u00e3o um impacto exponencial na melhoria da pron\u00fancia. Qualquer metodologia que tenha uma proposta de efici\u00eancia e qualidade precisa dar a aten\u00e7\u00e3o devida a essas regras que nos ajudam a prever a pron\u00fancia de centenas de palavras, evitando in\u00fameros erros facilmente corrig\u00edveis.\u00a0<\/span><\/span><\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Outro erro recorrente \u00e9 n\u00e3o prestar aten\u00e7\u00e3o na diferen\u00e7a de pron\u00fancia entre \u201ceat\u201d\/\u201cit\u201d, \u201cfeet\u201d\/\u201cfit\u201d, \u201csheet\u201d\/\u201cshit\u201d, \u201cdeed\u201d\/\u201cdid\u201d, \u201csheep\u201d\/\u201cship\u201d, e assim por diante. A lista \u00e9 longa, de modo que o impacto de n\u00e3o produzir a diferen\u00e7a entre essas vogais \u00e9 grande. Por outro lado, automatizar esta diferen\u00e7a j\u00e1 ajudaria a melhorar a pron\u00fancia de in\u00fameras palavras ao mesmo tempo. Uma t\u00e9cnica que pode ajudar na memoriza\u00e7\u00e3o e naturaliza\u00e7\u00e3o dessas diferen\u00e7as sutis \u00e9 fazer e estudar listas de palavras que sejam <\/span>pares m\u00ednimos<\/b>. Pares m\u00ednimos s\u00e3o palavras que se distinguem apenas por um som, por exemplo \u201cbata\u201d e \u201cpata\u201d s\u00e3o pares m\u00ednimos em portugu\u00eas, j\u00e1 que se distinguem apenas pela diferen\u00e7a entre \/b\/ e \/p\/. Esses pares m\u00ednimos s\u00e3o importantes no contexto de aprendizado de l\u00ednguas. Pronunciar de forma sistem\u00e1tica pares de palavras cuja \u00fanica diferen\u00e7a na pron\u00fancia seja de um \u00fanico som ajuda o c\u00e9rebro a naturalizar e internalizar uma nova fonologia. Por isso, esta t\u00e9cnica \u00e9 \u00fatil para professores e alunos interessados em dar efici\u00eancia e rapidez para <\/span>o ensino e aprendizado de idiomas.\u00a0<\/span><\/span><\/p>\n Em todos os casos que envolvem a pron\u00fancia, \u00e9 muito importante confirmar em um dicion\u00e1rio como devemos pronunciar as palavras. Contudo, para alguns sons, por exemplo para dominar a diferen\u00e7a entre \u201cship\u201d e \u201csheep\u201d, precisamos ir al\u00e9m. Ap\u00f3s o fim da fase de aquisi\u00e7\u00e3o de linguagem, o c\u00e9rebro tende a filtrar um som que ouviu quando este \u00e9 inexistente na fonologia e fon\u00e9tica que j\u00e1 foi adquirida da l\u00edngua nativa. Nos estudos lingu\u00edsticos, esse processo \u00e9 comumente chamado de filtro fonol\u00f3gico. Portanto, n\u00e3o podemos apenas escutar como pronunciar uma palavra, j\u00e1 que podemos n\u00e3o ser capazes de repetir aquela pron\u00fancia, mesmo que acreditemos que estamos pronunciando de forma correta, pois o filtro fonol\u00f3gico pode criar uma esp\u00e9cie de ilus\u00e3o no c\u00e9rebro, em que ele acredita que a reprodu\u00e7\u00e3o daqueles sons est\u00e1 semelhante ao que foi ouvido. Para um nativo, voc\u00ea pode inclusive estar pronunciando outra palavra, como no caso do \u201csheep\u201d and \u201cship\u201d.<\/span><\/p>\n Para dominar a pron\u00fancia desses sons que n\u00e3o fazem parte de sua l\u00edngua nativa, al\u00e9m de apertar o bot\u00e3o da pron\u00fancia e escutar como a palavra \u00e9 pronunciada, \u00e9 importante reconhecer o s\u00edmbolo fon\u00e9tico que representa alguns sons e como devemos articular estes sons. Precisamos estudar alguns sons em particular, como articul\u00e1-los, etc. Contudo, n\u00e3o precisamos fazer isso com todos os sons do ingl\u00eas ou da l\u00edngua que estivermos estudando, esse estudo s\u00f3 precisa ser feito para aqueles casos de sons que n\u00e3o est\u00e3o em nosso repert\u00f3rio lingu\u00edstico, seja este repert\u00f3rio a l\u00edngua nativa ou mesmo outras l\u00ednguas que j\u00e1 tivermos aprendido. Aqui tamb\u00e9m uma metodologia para abordar a pron\u00fancia em ingl\u00eas de forma eficiente \u00e9 uma metodologia que leva em considera\u00e7\u00e3o a l\u00edngua nativa do aluno e d\u00e1 a aten\u00e7\u00e3o devido aos sons e pron\u00fancias que potencialmente causam mais dificuldades.\u00a0<\/span><\/p>\n Outro erro recorrente cometido quanto \u00e0 pron\u00fancia em ingl\u00eas por falantes nativos do portugu\u00eas brasileiro \u00e9 acrescentar um \/i\/ ao fim de palavras que terminam em determinadas consoantes. Por exemplo, ao pronunciar a palavra \u201csleep\u201d, muitos brasileiros terminam por acrescentar um \/i\/ ao final desta palavra, mesmo que de forma sutil. Esse acr\u00e9scimo \u00e9 perigoso, pois estar\u00edamos pronunciando a palavra \u201csleepy\u201d. Da mesma forma, temos a tend\u00eancia de acrescentar um \/i\/ ao final de \u201cneed\u201d, de forma que terminamos por pronunciar \u201cneedy\u201d. Tamb\u00e9m ao pronunciar a palavra \u201cnose\u201d, tendemos a acrescentar um \/i\/ e terminar pronunciando \u201cnosy\u201d. Assim, ao inv\u00e9s de pronunciarmos \u201cdog\u201d, terminamos por pronunciar \u201cdoggie\u201d, e assim por diante. Esse acr\u00e9scimo n\u00e3o \u00e9 aleat\u00f3rio. Observe que tamb\u00e9m acrescentamos esse \/i\/ em palavras do portugu\u00eas, mesmo sem a presen\u00e7a dessa vogal na ortografia. Assim, nenhum brasileiro pronuncia \u201cUSP\u201d, pronunciamos \u201cUSPi\u201d. Tamb\u00e9m n\u00e3o pronunciamos \u201cFAEQ\u201d, pronunciamos na verdade \u201cFAEQi\u201d. Esse acr\u00e9scimo do \/i\/ ao final de palavras terminando em \/t\/, \/d\/, \/k\/, \/g\/, \u2026 \u00e9 uma regra de nossa fonologia e terminamos por projetar essa regra \u201csem querer\u201d quando estamos tentando falar ingl\u00eas, alem\u00e3o e qualquer outra l\u00edngua estrangeira. O problema \u00e9 que nessas l\u00ednguas essa regra n\u00e3o existe e quando acrescentamos esse aparentemente inofensivo \/i\/, terminamos por ou criar uma outra palavra existente na l\u00edngua ou eventualmente n\u00e3o nos fazer entender.\u00a0<\/span><\/p>\n H\u00e1 tamb\u00e9m os erros relacionados \u00e0 pron\u00fancia de algumas palavras em espec\u00edfico. Por motivos variados, a pron\u00fancia em ingl\u00eas de palavras como \u201cthroughout\u201d, \u201cbased\u201d, \u201cear\u201d, \u201cw<\/span>orld\u201d, entre outras, podem causar dificuldades. Para estas palavras, \u00e9 importante praticar a pron\u00fancia de cada uma de forma individual, j\u00e1 que a dificuldade n\u00e3o \u00e9 causada pela n\u00e3o aplica\u00e7\u00e3o de alguma regra geral de pron\u00fancia. Do ponto de vista metodol\u00f3gico, separar estes dois tipos de erros \u00e9 importante, porque a abordagem de memoriza\u00e7\u00e3o e aprendizado ser\u00e1 diferente para cada um deles. Para os erros que podem ser resolvidos com a aplica\u00e7\u00e3o de uma regra geral de pron\u00fancia, devemos focar nossos esfor\u00e7os em interiorizar e naturalizar esta regra, aplicando-a no maior n\u00famero de palavras poss\u00edvel at\u00e9 que nosso c\u00e9rebro interiorize a regra fonol\u00f3gica em quest\u00e3o. Para os erros de palavras pontuais, devemos focar nossos esfor\u00e7os na memoriza\u00e7\u00e3o individual de cada uma dessas palavras.<\/span><\/span><\/p>\n De forma geral, quando estamos estudando uma l\u00edngua estrangeira, estudar e aplicar algumas regras de pron\u00fancia de forma sistem\u00e1tica nos ajuda a reconhecer e internalizar uma nova fonologia em nosso c\u00e9rebro. Como o processo de aquisi\u00e7\u00e3o de uma fonologia durante a primeira inf\u00e2ncia n\u00e3o se repete, apenas a imers\u00e3o e o contato com a l\u00edngua estrangeira n\u00e3o \u00e9 nem suficiente nem eficiente para um adulto aprender bem uma l\u00edngua estrangeira. Ao dar a devida aten\u00e7\u00e3o para esses erros recorrentes, previs\u00edveis e facilmente corr<\/span>ig\u00edveis, uma metodologia traz efici\u00eancia e qualidade para o aprendizado, pois \u00e9 muito mais f\u00e1cil memorizar e naturalizar uma regra aplic\u00e1vel em um conjunto grande de palavras do que ter que memorizar a pron\u00fancia de cada uma individualmente.\u00a0<\/span><\/span><\/p>\n Al\u00e9m da pron\u00fancia em ingl\u00eas, h\u00e1 outros temas relevantes que causam certa dificuldade, mas que precisam ser dominados, caso se queira falar ingl\u00eas bem, como preposi\u00e7\u00f5es<\/a>, vocabul\u00e1rio<\/a>, collocations<\/a>, entre outros. Convidamos os leitores a ler os artigos escritos em que abordamos as principais dificuldades e como super\u00e1-las nesses temas espec\u00edficos.<\/span><\/p>\n![\"Pron\u00fancia](\"https:\/\/i.ibb.co\/BZvDFQ5\/image.png\")
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