![\"Collocations](\"https:\/\/innertreeidiomas.com\/wp-content\/uploads\/2022\/03\/Slide1-7-e1651338622594.png\")
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A se\u00e7\u00e3o <\/span><\/i>fundamentos<\/i><\/b> \u00e9 uma se\u00e7\u00e3o de artigos em que apresentamos os fundamentos de como aprender uma l\u00edngua estrangeira de forma eficiente quando somos adultos, ou seja, quando n\u00e3o estamos mais na chamada fase de aquisi\u00e7\u00e3o de linguagem, que \u00e9 uma fase t\u00edpica da primeira inf\u00e2ncia. Quando se \u00e9 adulto, ter consci\u00eancia desses fundamentos ajudar\u00e1 em um processo de aprendizado mais eficiente e de maior qualidade. Esses artigos buscam ajudar nosso p\u00fablico a aprender a como aprender uma l\u00edngua estrangeira sem a necessidade de levar anos a fio para se atingir um n\u00edvel avan\u00e7ado em uma l\u00edngua estrangeira.\u00a0<\/span><\/i><\/span><\/p>\n <\/p>\n A primeira pergunta que surge para a maioria dos nossos alunos \u00e9 o que \u00e9\u00a0collocation<\/strong><\/a>. Este assunto \u00e9 t\u00e3o negligenciado pela maioria dos m\u00e9todos que muitos alunos nem sabem que existe este t\u00f3pico. H\u00e1 temas como \u201cpresent perfect\u201d e \u201cpassive voice\u201d, que todos sabem que existem e que podem causar dificuldades. J\u00e1 o t\u00f3pico \u201ccollocation\u201d \u00e9 t\u00e3o negligenciado que muitos nem sequer sabem do que se trata.\u00a0<\/span><\/p>\n De forma resumida, podemos definir collocation como uma combina\u00e7\u00e3o fixa de palavras, combina\u00e7\u00e3o esta que seria a preferida pelos falantes. Pode ser uma combina\u00e7\u00e3o entre verbo e substantivo. Pode ser uma combina\u00e7\u00e3o usual entre adjetivo e substantivo ou mesmo entre adv\u00e9rbio e adjetivo. A defini\u00e7\u00e3o do Cambridge Dictionary<\/a> para o termo “collocation<\/a>” \u00e9 a seguinte: “a word or phrase that is often used with another word or phrase, in a way that sounds correct to people who have spoken the language all their lives, but might not be expected from the meaning“<\/strong><\/em><\/span><\/p>\n Para falar bem um idioma, precisamos dominar as collocations da l\u00edngua que estamos estudando. Collocation \u00e9 um t\u00f3pico relevante para qualquer aluno de n\u00edvel intermedi\u00e1rio e avan\u00e7ado. Al\u00e9m de ser \u00fatil para a comunica\u00e7\u00e3o fluida, este assunto \u00e9 cobrado direta ou indiretamente nos principais testes de profici\u00eancia, como o TOEFL, IELTS, GRE, GMAT, etc, e h\u00e1 um motivo para isto: quando n\u00e3o dominamos a combina\u00e7\u00e3o correta, tendemos usar a combina\u00e7\u00e3o usada em nossa l\u00edngua nativa, causando uma estranheza nas constru\u00e7\u00f5es e nas senten\u00e7as.<\/span><\/p>\n Por que as collocations em ingl\u00eas geralmente causam dificuldade? Para entendermos como funciona uma collocation e por que motivo temos dificuldade com essas estruturas, vejamos alguns exemplos de frases com collocations em ingl\u00eas:<\/span><\/p>\n <\/p>\n I <\/span>paid a visit<\/b><\/span> to my parents last weekend.<\/span><\/span><\/p>\n Eu <\/span>fiz uma visita<\/b><\/span> aos meus pais no final de semana passado.<\/span><\/span><\/p>\n <\/p>\n The author <\/span>drew attention<\/b><\/span> to the fact that Brazil is a developing country.<\/span><\/span><\/p>\n O autor<\/span> chamou aten\u00e7\u00e3o<\/b><\/span> para o fato de que o Brasil \u00e9 um pa\u00eds em desenvolvimento.<\/span><\/span><\/p>\n <\/p>\n The events<\/span> lend support<\/b><\/span> to the view that the dictator is violating the human rights of the population he rules.<\/span><\/span><\/p>\n Os eventos <\/span>d\u00e3o suporte<\/b><\/span> para o ponto de vista de que o ditador est\u00e1 violando os direitos humanos da popula\u00e7\u00e3o que ele governa.<\/span><\/span><\/p>\n <\/p>\n This scientist <\/span>did\/carried out <\/b><\/span>groundbreaking <\/span>research <\/b><\/span>into the oceans decades ago.<\/span><\/span><\/p>\n Este cientista <\/span>fez uma pesquisa<\/b><\/span> inovadora sobre oceanos d\u00e9cadas atr\u00e1s.<\/span><\/span><\/p>\n <\/p>\n I <\/span>had birthday<\/b><\/span> yesterday.<\/span><\/span><\/p>\n Eu <\/span>fiz anivers\u00e1rio<\/b><\/span> ontem.<\/span><\/span><\/p>\n <\/p>\n In her last book, she <\/span>drew a distinction<\/b><\/span> between science and religion.<\/span><\/span><\/p>\n Em seu \u00faltimo livro, ela <\/span>fez uma distin\u00e7\u00e3o<\/b><\/span> entre ci\u00eancia e religi\u00e3o.\u00a0<\/span><\/span><\/p>\n <\/p>\n Last year, our company <\/span>made <\/b><\/span>huge <\/span>profits <\/b><\/span>from oil.<\/span><\/span><\/p>\n Ano passado, nossa companhia <\/span>teve lucros <\/b><\/span>enormes com petr\u00f3leo.<\/span><\/span><\/p>\n <\/p>\n Podemos observar que o verbo escolhido em ingl\u00eas n\u00e3o \u00e9 necessariamente o verbo escolhido em portugu\u00eas. Isto acontece por uma raz\u00e3o bem clara. Vamos refletir um pouco sobre as express\u00f5es \u201cfazer uma visita\u201d, \u201cchamar aten\u00e7\u00e3o\u201d, \u201cdar apoio\u201d, \u201cfazer uma pesquisa\u201d, \u201cfazer anivers\u00e1rio\u201d, \u201cter lucro\u201d, etc. O que todas essas express\u00f5es t\u00eam em comum? Um dos elementos em comum \u00e9 que s\u00e3o express\u00f5es fixas, mais ou menos como express\u00f5es idiom\u00e1ticas, mas diferentes na natureza sem\u00e2ntica. Al\u00e9m disso, muitas delas podem ser substitu\u00eddas por um \u00fanico verbo com sentido equivalente ao dessas express\u00f5es, que \u00e9 cognato com o objeto gramatical dessas express\u00f5es fixas. Assim, a express\u00e3o \u201cfazer uma visita\u201d pode ser substitu\u00edda pelo verbo \u201cvisitar\u201d; \u201cdar apoio\u201d, pelo verbo \u201capoiar\u201d; \u201cfazer uma pesquisa\u201d, pelo verbo \u201cpesquisar\u201d; \u201cfazer anivers\u00e1rio\u201d, pelo verbo \u201caniversariar\u201d; \u201cter lucro\u201d, pelo verbo \u201clucrar\u201d; e assim por diante. Algumas express\u00f5es n\u00e3o podem ser substitu\u00eddas, mas vemos claramente que a sem\u00e2ntica da express\u00e3o est\u00e1 no objeto, e n\u00e3o no verbo. A sem\u00e2ntica de \u201cchamar aten\u00e7\u00e3o\u201d est\u00e1 em \u201caten\u00e7\u00e3o\u201d, a sem\u00e2ntica de \u201cfazer anivers\u00e1rio\u201d est\u00e1 em \u201canivers\u00e1rio\u201d, a de \u201cter lucros\u201d est\u00e1 em \u201clucros\u201d, e assim por diante.<\/span><\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n O fato de apenas uma das palavras conter a sem\u00e2ntica da express\u00e3o como um todo tem import\u00e2ncia metodol\u00f3gica para o ensino e aprendizado de ingl\u00eas e de outras l\u00ednguas estrangeiras. Por exemplo, como os verbos dessas express\u00f5es fixas n\u00e3o cont\u00eam a sem\u00e2ntica da express\u00e3o, eles tendem a ser relativamente aleat\u00f3rios e mudar de l\u00edngua para l\u00edngua. Assim, em ingl\u00eas, falamos “to pay a visit” (literalmente, “pagar uma visita”), “to draw attention” (literalmente, “desenhar aten\u00e7\u00e3o”), “draw an analogy” (literalmente, “desenhar uma analogia”), etc. Todas essas collocations em ingl\u00eas ser\u00e3o potencialmente problem\u00e1ticas para um estudante que fale portugu\u00eas como l\u00edngua nativa. Quando estamos falando do contexto de aprender uma l\u00edngua quando adultos, h\u00e1 uma grande chance de escolhermos o verbo errado, se n\u00e3o prestarmos a devida aten\u00e7\u00e3o. Como o per\u00edodo de aquisi\u00e7\u00e3o de gram\u00e1tica chegou ao fim, nosso c\u00e9rebro tende a focar a aten\u00e7\u00e3o na palavra que cont\u00e9m o conte\u00fado sem\u00e2ntico, o que significa que um falante nativo de portugu\u00eas vai tender a falar algo como \u201cto have huge profits\u201d ao inv\u00e9s de \u201cto make huge profits\u201d. O mesmo tipo de erro pode acontecer com preposi\u00e7\u00f5es (ler artigo \u201c<\/span>Preposi\u00e7\u00f5es em ingl\u00eas: erros comuns, por que ocorrem e como estudar?<\/span>\u201d). Como esses erros s\u00e3o previs\u00edveis, n\u00e3o s\u00e3o aleat\u00f3rios e s\u00e3o recorrentes, qualquer metodologia que privilegie efici\u00eancia e qualidade precisa dar aten\u00e7\u00e3o a este tema. Ainda mais importante, para o ensino ser de fato eficiente, essa aten\u00e7\u00e3o precisa ser personalizada: j\u00e1 que os erros de collocation s\u00e3o baseados em nossa l\u00edngua nativa, as collocations que v\u00e3o causar dificuldade para um brasileiro s\u00e3o diferentes das collocations que v\u00e3o causar dificuldade para um alem\u00e3o, para um franc\u00eas, etc.<\/span><\/span><\/p>\n \u00c9 importante observar que tamb\u00e9m existem collocations de combina\u00e7\u00f5es entre adjetivos e substantivos, entre adv\u00e9rbios e adjetivos, etc. Por exemplo, quando queremos falar de um “banho r\u00e1pido” falamos de um “quick shower”, como em “I need to take a quick shower”. A combina\u00e7\u00e3o “a fast shower” n\u00e3o soaria natural em ingl\u00eas, ou seja, precisamos naturalizar a combina\u00e7\u00e3o “quick shower”. Em ingl\u00eas, dizemos \u201cbitterly cold\u201d, literalmente \u201camargamente frio\u201d, enquanto em portugu\u00eas poder\u00edamos dizer \u201cterrivelmente frio\u201d. Como nas express\u00f5es verbais, estas tamb\u00e9m s\u00e3o combina\u00e7\u00f5es fixas e corriqueiras na l\u00edngua. Aprender collocation \u00e9 aprender a usar as palavras exatas que os falantes nativos geralmente usam para expressar determinada ideia. Dominar a maneira mais usual de expressar uma ideia \u00e9 essencial para manter uma conversa fluida e natural, por isso o ensino das collocations em ingl\u00eas precisa ser feito de forma sistem\u00e1tica, para ajudar os alunos a se expressar de forma natural. Vejamos alguns exemplos de collocations com adjetivos, substantivos e adv\u00e9rbios:<\/span><\/p>\n <\/p>\n It is <\/span>bitterly cold.<\/b><\/span><\/span><\/p>\n Est\u00e1 <\/span>extremamente frio.<\/b><\/span><\/span><\/p>\n <\/p>\n I think he is <\/span>bitterly disappointed<\/b><\/span> at the result.<\/span><\/span><\/p>\n Eu acho que ele est\u00e1 <\/span>extremamente desapontado<\/b><\/span> com o resultado.<\/span><\/span><\/p>\n <\/p>\n This scientist carried out a <\/span>groundbreaking research<\/b><\/span> into the oceans.<\/span><\/span><\/p>\n Este cientista fez uma <\/span>pesquisa inovadora<\/b><\/span> sobre os oceanos.<\/span><\/span><\/p>\n <\/p>\n Are you an <\/span>only child<\/b><\/span>?<\/span><\/span><\/p>\n Voc\u00ea \u00e9 <\/span>filho \u00fanico<\/b><\/span>?<\/span><\/span><\/p>\n <\/p>\n This book is <\/span>deeply unimpressive.<\/b><\/span><\/span><\/p>\n Este livro \u00e9 <\/span>extremamente desinteressante.<\/b><\/span><\/span><\/p>\n <\/p>\n That\u2019s a <\/span>big decision.<\/b><\/span><\/span><\/p>\n Esta \u00e9 uma <\/span>decis\u00e3o importante.<\/b><\/span><\/span><\/p>\n <\/p>\n Uma quest\u00e3o que surge \u00e9 por que devemos aprender estas collocations em ingl\u00eas se poder\u00edamos evit\u00e1-las por express\u00f5es mais simples, sem o uso de adv\u00e9rbios ou tentando usar um verbo que j\u00e1 transmita sozinho o sentido desejado. Aqui cabe uma ressalva quanto ao objetivo do aluno. Se o objetivo \u00e9 se ma<\/span>nter em um n\u00edvel iniciante, o estudo de collocation \u00e9 de fato desnecess\u00e1rio. Contudo, se o aluno deseja atingir um n\u00edvel intermedi\u00e1rio ou avan\u00e7ado, este estudo \u00e9 imprescind\u00edvel. \u00c9 imprescind\u00edvel porque se espera que um aluno intermedi\u00e1rio\/avan\u00e7ado consiga expressar o mesmo pensamento de diversas maneiras e tamb\u00e9m consiga expressar diferen\u00e7as sutis de sentido por meio do uso de adv\u00e9rbios ou adjetivos espec\u00edficos.\u00a0<\/span><\/span><\/p>\n \u00c9 interessante notar que essas express\u00f5es podem ser usadas em diferentes contextos, desde contextos do dia a dia at\u00e9 contextos acad\u00eamicos e contextos de neg\u00f3cios. Temos express\u00f5es como “to pay a visit”, “to have birthday” ou “to pay attention”, usadas em contextos do dia a dia, mas tamb\u00e9m temos express\u00f5es como “to draw attention”, “to put forward an argument”, “to make a profit” ou “to make an appointment”, usadas em contextos mais espec\u00edficos relacionados ao mundo acad\u00eamico ou de trabalho.<\/span><\/p>\n <\/p>\n \u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0<\/span><\/span><\/p>\n Saber como estudar essas collocations em ingl\u00eas de forma pr\u00e1tica e eficiente \u00e9 importante para todos os alunos que desejam alcan\u00e7ar a flu\u00eancia. Naturalmente, as express\u00f5es com collocations precisam ser memorizadas como um todo, n\u00e3o podemos traduzir palavra por palavra, temos que interiorizar o \u201cbloco fechado\u201d da express\u00e3o, sem traduzir cada peda\u00e7o do bloco individualmente. Se estudarmos as collocations dessa maneira, os resultados ser\u00e3o muito melhores para a flu\u00eancia. Al\u00e9m disso, dentre as in\u00fameras express\u00f5es com collocations em ingl\u00eas, precisamos focar nossa aten\u00e7\u00e3o e nossos esfor\u00e7os nas express\u00f5es que t\u00eam potencial para causar dificuldade para um falante nativo de portugu\u00eas. Como essas dificuldades s\u00e3o espec\u00edficas, uma metodologia eficiente precisa dar uma aten\u00e7\u00e3o especial a um subconjunto espec\u00edfico de um conjunto maior de todas as collocations poss\u00edveis. Como j\u00e1 dito em outros artigos, <\/span>quando os professores focam seus esfor\u00e7os nestes erros previs\u00edveis e recorrentes, o ensino se torna mais eficiente e os alunos alcan\u00e7am seus objetivos de forma mais consistente e r\u00e1pida.<\/span><\/span><\/p>\n Al\u00e9m das collocarions em ingl\u00eas, h\u00e1 outros temas relevantes que causam certa dificuldade, mas que precisam ser dominados, caso se queira falar ingl\u00eas bem, como a pron\u00fancia<\/a>, vocabul\u00e1rio<\/a>, preposi\u00e7\u00f5es<\/a>, entre outros. Convidamos os leitores a ler os artigos escritos em que abordamos as principais dificuldades e como super\u00e1-las nesses temas espec\u00edficos.<\/span><\/p>\n![\"Collocations](\"https:\/\/i.ibb.co\/kGmmqVh\/image.png\")
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