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Principais dificuldades do espanhol para um brasileiro

Principais dificuldades do espanhol para um brasileiro
Principais dificuldades do espanhol para um brasileiro

Se você é brasileiro e quer aprender um novo idioma, o primeiro passo é identificar quais são as diferenças e as semelhanças entre a sua língua materna e o idioma que você pretende aprender. Neste artigo, listamos as três principais dificuldades do espanhol para um brasileiro.

 

O primeiro problema em questão deve-se à semelhança entre as línguas. Isso mesmo, você leu corretamente, a semelhança pode ser um problema! A maior parte do vocabulário entre as duas línguas é igual ou com uma pequena variação. No entanto, temos pelo menos dois problemas gerados por esta semelhança. O primeiro diz respeito à atenção que devemos ter nos detalhes de como uma palavra é pronunciada em espanhol. Por ser muito semelhante, nosso cérebro pode querer ignorar as pequenas diferenças ou mesmo criar padrões fonológicos que não existem. Por exemplo, um erro comum de brasileiros ao falar espanhol é usar formas como “nosotros quieremos”, ao invés da forma correta “nosotros queremos”, colocando de forma equivocada o ditongo “ie” na conjugação com “nosotros”, provavelmente por associação com formas como “yo quiero”, “tú quieres”, “ellos quieren”.

O segundo problema causado pela semelhança é a insegurança que pode ser gerada com o número de falsos cognatos. Em muitos alunos, surge uma dúvida constante se o uso de determinada expressão ou palavra é espanhol ou portunhol. É comum que haja uma quantidade grande de falsos cognatos entre línguas que são estruturalmente próximas. De fato, a quantidade de falsos cognatos entre o português do Brasil e o espanhol padrão é bem considerável.

Um par de falsos cognatos diz respeito a palavras em que a pronúncia é igual ou muito semelhante entre duas línguas, mas o seu significado difere. Por exemplo, despido e zurdo em espanhol significam “demissão” e “canhoto” em português, respectivamente. Veja o usos desses falsos cognatos exemplificados abaixo:

 

La compañía anunció el despido de 1.000 trabajadores

(A empresa anunciou a demissão de 1.000 trabalhadores)

 

Los zurdos representan del 8% al 10% de la población mundial

(Os canhotos representam de 8% a 10% da população mundial)

 

Há outras diferenças sutis entre português e espanhol que vão além do nível do vocabulário. Por exemplo, uma segunda dificuldade comum entre brasileiros é a questão da omissão do sujeito em espanhol. Tanto em português quanto em espanhol, é possível ocultar o sujeito da oração, mas os hispanohablantes usam dessa possibilidade na fala do dia-a-dia muito mais que os brasileiros. Por isso, precisamos nos cuidar e evitar o uso constante dos pronomes pessoais “yo”, “tú”, “él/ella”, “nosotros”, etc. Temos uma forte tendência de usar estes pronomes de forma explícita, sem omissão, porque assim fazemos no português do Brasil. Outra consequência desse fato é a importância de saber conjugar o verbo corretamente, sobretudo quando estamos lidando com verbos irregulares. 

Para falar bem espanhol, é muito importante dominar com maestria a conjugação, pelo menos, dos principais tempos verbais usados no cotidiano e conhecer os principais verbos irregulares. Não é possível ser fluente em espanhol sem saber bem este tópico. Recomendamos que, desde o nível básico, estudantes de espanhol iniciem um trabalho de memorização das formas verbais conjugadas e mantenham este estudo durante os demais níveis. 

Uma terceira dificuldade comum entre brasileiros é com os usos dos verbos. Não estamos falando da conjugação em si, não estamos falando das formas dos tempos verbais, a questão aqui é o uso dos tempos verbais. Com frequência, temos formas verbais que têm uma forma equivalente em português, mas seu uso é completamente distinto. Por exemplo, a forma “yo pudiera” pode lembrar nosso mais-que-perfeito “eu pudera”, mas o uso de “yo pudiera” é equivalente ao nosso “eu pudesse”. Seria algo como “falsa conjugação”, fazendo uma analogia com os “falsos cognatos”.

Por fim, uma quarta dificuldade diz respeito ao uso das preposições que diferem entre as duas línguas. Como na maior parte das vezes as preposições e locuções prepositivas são iguais em português e espanhol, tendemos a não nos preocupar com a escolha da preposição ao falar em espanhol. Só que, a depender do caso, o portunhol termina por se estabelecer. Para evitar isso, o estudante tem de buscar conhecer quais são os casos em que as línguas diferem quanto à escolha da preposição e focar seus esforços de memorização nesses casos diferentes. Apresentamos abaixo dois exemplos em que há essa diferença:

 

Llegaremos sobre las cinco

(A gente vai chegar por volta das cinco)

 

Estoy por terminar mi curso

(Eu estou para terminar meu curso)

 

Certamente, há muitas questões a se ter atenção quando estudamos espanhol, mas a simples atenção a essas quatro dificuldades comuns já pode melhorar a impressão que você passa ao falar em espanhol. Nos nossos cursos oferecidos pela Inner Tree Idiomas, abordamos detalhadamente assuntos como estes. O foco de nossa metodologia é ajudar os alunos em um aprendizado eficiente e rápido, sem abrir mão da qualidade. Para ganhar eficiência e rapidez, precisamos focar nossos esforços onde as dificuldades provavelmente surgirão, daí a importância de uma boa metodologia e de uma boa orientação para alcançarmos um nível adequado de fluência em um tempo também adequado. Para saber mais detalhes, confira as programações dos cursos de espanhol. 

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